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quinta-feira, novembro 27, 2008

ginjinha sem elas

Sempre que visitamos uma das muitas feiras temáticas que se realizam um pouco por todo o território português e após o repasto do almoço, de preferência de cozinha regional, da região onde a feira se realiza, gostamos de completar a refeição com um café, sempre tomado sem açúcar, e um cálice de ginjinha, com ou sem elas...

Nos últimos tempos temos sido confrontados, nas conversas que sempre acompanham a degustação da ginjinha, com uma polémica que já se torna recorrente: “a verdadeira ginjinha é a de Alcobaça!”, “ginjinha, ginjinha é a de Óbidos!”. Já não trago à conversa a ginjinha de Sanguinhal, de Espinheira e de tantas outras regiões.

Uma vez mais, o tema foi conversa. Foi troca de confidências e de desabafos. E como estávamos numa “roda de amigos” conseguimos saber um pouco mais sobre o assunto que tem feito correr muita tinta e que traz um pouco confusos os verdadeiros apreciadores da ginjinha.

Dizia quem sabe do assunto: “meu amigo, eu sou produtor de ginja e a minha esposa fabricante da ginjinha, mas ouso afirmar-lhe que a ginja nem é de Óbidos, nem de Alcobaça”. Quando viu o ar de espanto espelhado no meu rosto acrescentou: “nem de Óbidos, nem de Alcobaça... em termos gerais é dos Países de Leste, no concreto maioritariamente da Polónia”.

O que acontece é que a produção de ginja adequada ao fabrico da ginjinha, pequena e ácida, é em quantidade insuficiente para as quantidades fabricadas do licor, além de que os custos de produção, especialmente a colheita são elevadíssimos.

Um jovem agricultor da região de Óbidos há muito que batalha pela obtenção de incentivos para o aumento da área de pomar de ginjeiras, pelo menos para cerca de 10 hectares, enquanto que, por sua conta e risco, procura “inventar” sistemas que ajudem na colheita por forma a baixar os custos finais de produção.

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Comments:
Sei "só" que é agradabilíssima.
 
Amigo MFC
Eu estava à conversa sobre este tema e, pode crer, com um cálice de ginjinha na mão...
Um abraço.
 
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