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quarta-feira, setembro 16, 2009

chegada das “artes”

imagem que vale oitocentas palavras
É frequente ouvir dizer-se que uma imagem vale mais do que mil palavras. As imagens do “Olho de Lince” valem somente oitocentas pelo que há que as fazer acompanhar por um texto de duzentas




Horas antes a embarcação das “artes”, após ter vencido a forte rebentação da beira-mar, partira mar adentro para o lance da tarde das redes de cerco. Lá bem longe, onde vista do areal a embarcação uma gaivota a balançar na ondulação forte, havia sido sinalizada a presença de um cardume.

Quando chegaram à zona de “lançar” já lá se encontravam o “Fúria do Mar” e o “Cláudia”, todos “fontelhanos” e vindo do areal da Nova Praia o “Menina Encantada”. No areal haviam ficado a aguardar o regresso da companha as mulheres e os putos, na esperança de que a pescaria fosse boa.



Na hora da azáfama da chegada a terra todos ajudam a puxar as redes desta “arte” milenar. O saco do peixe vem cheio de cavalinha, embora o resultado da venda seja pouco interessante pois os preços andam pelas ruas da amargura.

É agora a altura da escolha do peixe. Separar o caranguejo da cavala e fazer as contas da companha, sendo logo ali é atribuído a cada um o seu respectivo quinhão. Também os populares que ajudaram a puxar as redes aguardam a retribuição de algum peixe que virá a constituir a base da ceia do dia.

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Comments:
Gostei muito de te ler e da foto, claro. Nenhuma das artes tem qualquer valor, porque ele é incalculável! Beijos.
 
OLha eu a imaginar aquelas sardinhitas do tabuleiro na brasa!!! e com pão Alentejano...
Bjs
 
Existem realmente fotos que não necessitam de palavras. No entanto, outras como elas saiem bem mais enriquecidas pelas mesmas e o amigo Viktor faz isso melhor que ninguém. Bjs
 
Duzentas palavras e bastou pra dar vida as 800 do lince , hehehe e mais nao precisava... o mar e o alimento.
Em dias de verão bom programa é ficar a beira mar, saboreando uns peixinhos fritos e a olhar outros pixes grandes que passam po alí , rsrs
Bjs pra voce, Vicktor
 
Quantas cavalas ganhei no Algarve a ajudar a puxar redes.
Um abraço
 
Uma vida bem dura cujos senhores de uma União Eurpeia desvalorizam a olhos vistos e este tipo de pesca terá os dias contados já que as gerações vindouros são menos teimosos e interessados e desligam-se.

A D O R E I!!!
 
Querida Paula

Grato pelas tuas palavras que me deixam bastante contente pelo agrado que sentiste.

Beijinhos
 
Querida Lilá(s)

Sendo um tema muito belo de fotografar e uma faina muito característica para registo, sempre me "dói" ver esta parte final da faina...

Mas é algo que vem de imemoriais tempos.

Beijinho.
 
Querida Sara

Essas palavras tuas deixam-me muito sensibilizado. Tenho limitações em escrever, mas sinto-me animado com o teu sentir.

Beijinhos.
 
Querida Lis

Sabes? Eu tenho um sonho (ou será uma fantasia?)... estar estabelecido à beira-mar de uma prainha do nordeste brasileiro, comendo um peixinho, bebendo uma caipirinhas e os pés dentro de água...

Beijinhos.
 
Querida Elvira

Muita gente estava a aguardar a chegada dos barcos para ganharem umas cavalas fresquinhas.

Beijinhos.
 
Querida Fatyly

Tens toda a razão nas tuas considerações...

Pouco a pouco toda a capacidade de gerar riqueza para o Povo se vai perdendo... e o Povo não reage?

Temos mesmo que lutar por tempos melhores, pois isso é possível.

Beijinhos.
 
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