sábado, novembro 07, 2009
dançar em charneca de caparica
Lemos, faz tempo, no livro Trajes, Danças e Cantares da Caparica, da autoria de António Correia, editado em Costa de Caparica no ano de 1972, acerca das danças praticadas em Charneca de Caparica:
“Vimos há tempos um rancho folclórico de determinada região dançar o nosso “Tacão e Bico” que, decerto, alguns, embora poucos, velhos ainda se recordam, de o ter dançado ou dele ter ouvido falar. Essa dança é deveras engraçada. Os cavalheiros e as damas, ao compasso da música, batem ao mesmo tempo, no chão, com o salto e depois com a biqueira do sapato ou bota. Essa dança, tão difícil de dançar e tão trivial na nossa terra, deu um salto ao Ribatejo, e hoje é desconhecida na Caparica. O mesmo sucede com a “Polca” e, em especial, a que se dançava na Charneca de Caparica: “Polca Janota”. Para a dançarem, era preciso saber e muito treino, pois esta polca pelo esforço que era necessário fazer, requeria boa constituição física.”
Quando vim nos primeiros tempos para Charneca de Caparica, a férias ou para passar o fim-de-semana, já se não dançava em Charneca de Caparica, terra que no passado fora terra de dançar.
Na verdade, o seu Povo dividia a actividade entre a faina do mar, dirigindo-se para isso para a Fonte da Telha, em cujas companhas se integravam, ou nas tarefas do campo e da mata, especialmente, como lenhadores e carvoeiros. As actividades de trabalho que praticavam eram propícias à dança.
Em 1975, a Dona Emília, minhota radicada na Morgadinha, no termo de Charneca de Caparica criou um grupo de “danças e cantares” que recuperou para a Charneca de Caparica a tradição de dançar, facto de grande importância para a cultura da região.
Na região de Charneca de Caparica dançava-se o “Tacão e Bico” em tempos passados, hoje somente recordado por escritos, pois os mais velhos já se não lembram de o dançar e, tão pouco, de dele terem ouvido falar.
Era uma dança muito engraçada, viva e ousada, em que os cavalheiros e as damas, ao compasso da música, batem ao mesmo tempo no chão, ora o salto ora a biqueira do sapato ou da bota.
Originária da zona interior da Caparica, foi levada para terras do Ribatejo, onde hoje é dançada, enquanto por aqui está quase esquecida.
O mesmo sucede com a “Polca”, especialmente, a “Polca Janota” outrora dançada pelos bailadores e bailadeiras de Charneca de Caparica.
Para a dançarem, os bailadores deveriam possuir destreza e preparação física bem desenvolvidas pois era uma dança muito exigente, pela sua vivacidade e expressão corporal.
“Vimos há tempos um rancho folclórico de determinada região dançar o nosso “Tacão e Bico” que, decerto, alguns, embora poucos, velhos ainda se recordam, de o ter dançado ou dele ter ouvido falar. Essa dança é deveras engraçada. Os cavalheiros e as damas, ao compasso da música, batem ao mesmo tempo, no chão, com o salto e depois com a biqueira do sapato ou bota. Essa dança, tão difícil de dançar e tão trivial na nossa terra, deu um salto ao Ribatejo, e hoje é desconhecida na Caparica. O mesmo sucede com a “Polca” e, em especial, a que se dançava na Charneca de Caparica: “Polca Janota”. Para a dançarem, era preciso saber e muito treino, pois esta polca pelo esforço que era necessário fazer, requeria boa constituição física.”
Quando vim nos primeiros tempos para Charneca de Caparica, a férias ou para passar o fim-de-semana, já se não dançava em Charneca de Caparica, terra que no passado fora terra de dançar.
Na verdade, o seu Povo dividia a actividade entre a faina do mar, dirigindo-se para isso para a Fonte da Telha, em cujas companhas se integravam, ou nas tarefas do campo e da mata, especialmente, como lenhadores e carvoeiros. As actividades de trabalho que praticavam eram propícias à dança.
Em 1975, a Dona Emília, minhota radicada na Morgadinha, no termo de Charneca de Caparica criou um grupo de “danças e cantares” que recuperou para a Charneca de Caparica a tradição de dançar, facto de grande importância para a cultura da região.
Na região de Charneca de Caparica dançava-se o “Tacão e Bico” em tempos passados, hoje somente recordado por escritos, pois os mais velhos já se não lembram de o dançar e, tão pouco, de dele terem ouvido falar.
Era uma dança muito engraçada, viva e ousada, em que os cavalheiros e as damas, ao compasso da música, batem ao mesmo tempo no chão, ora o salto ora a biqueira do sapato ou da bota.
Originária da zona interior da Caparica, foi levada para terras do Ribatejo, onde hoje é dançada, enquanto por aqui está quase esquecida.
O mesmo sucede com a “Polca”, especialmente, a “Polca Janota” outrora dançada pelos bailadores e bailadeiras de Charneca de Caparica.
Para a dançarem, os bailadores deveriam possuir destreza e preparação física bem desenvolvidas pois era uma dança muito exigente, pela sua vivacidade e expressão corporal.
Etiquetas: contributos, minha terra
Comments:
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Não conhecia nada do que aqui contas mas são "dança" para os meus ouvidos. Obrigado pela partilha. Bjs
Querida Sara
Eu escrevi um dia...
De charneca resta o nome e a tradição
Dos vinhedos corre néctar das bacantes
No Mário Casimiro dança-se “bico e tacão”
Das hortas vão os mimos abundantes
Das matas o pinhão a lenha e o carvão
E nos regatos deliciam-se os amantes
beijinhos
Eu escrevi um dia...
De charneca resta o nome e a tradição
Dos vinhedos corre néctar das bacantes
No Mário Casimiro dança-se “bico e tacão”
Das hortas vão os mimos abundantes
Das matas o pinhão a lenha e o carvão
E nos regatos deliciam-se os amantes
beijinhos
Querida Fatyly
Estes saberes fazem parte de pesquisas que ando a realizar sobre a vida local. E o que aprendo, partilho.
Beijinhos.
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