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quarta-feira, janeiro 06, 2010

a magia da romã

...em dia dos Três Reis do Oriente



A romã é um fruto envolto em muita fantasia, desde os tempos imemoriais, dizendo-se da magia que nos protege e dá felicidade, tendo cada um dos seus componentes um efeito especial. Desde as varas da romãzeira, árvore das romãs, até aos bagos do fruto, passando pelas flores e pela sua casca, todos os elementos representam na tradição popular, fontes de magia e de encantamento.

A romãzeira é uma árvore, normalmente, de porte reduzido mas muito vistosa, donde pendem os frutos cuja Natureza lhe concedeu um terminal em formato de coroa real. Não é estranho, pois, que à volta de este fruto muitas lendas e tradições se tenham criado com o passar do tempo.

Conta a tradição que a romã era utilizada pelas bruxas para controlarem os seus fogosos cavalos. Também os druidas queimavam varas da romãzeira nos seus ritos de adivinhação para que os espíritos do saber respondessem às suas perguntas, esclarecessem suas dúvidas.

A romã e a romãzeira são usadas na sua totalidade em benefício do ser humano. O chá preparado com a casca do fruto é usado em gargarejos para curar aftas. As folhas da romãzeira cozidas dão um excelente colírio para lavar os olhos quando inflamados. As flores em infusão usam-se para aliviar cólicas intestinais e para combater inflamações nas gengivas.

Na magia branca, a casca da romã deve ser comida para aumentar a fertilidade. Se for seca, pode ser adicionada ao incenso para atracção de riqueza e de dinheiro. Nas artes da adivinhação os “especialistas” conseguem “ler” nas bagas da romã. O suco da romã substitui o sangue ou a tinta mágica nos rituais de iniciação.

A romã é considerada o fruto mágico da sorte, muito utilizada, hoje em dia, nas festividades de final de ano. É costume formular-se um desejo antes de comermos cada uma dessas sete bagas (sempre sete!) para que sejam satisfeitos o ano que se vai iniciar.

Dá fortuna e bem-estar guardar de ano para ano um pequeno saco de linho com uma coroa da romã, um pedaço de pão e uma moeda de meio-tostão, agora uma moeda de 1 cêntimo, a mais pequena de todas.

Ao “cancioneiro popular” fomos buscar esta toada:

“Fui colher uma romã
Estava madura no ramo
Fui encontrar no jardim
Fui encontrar no jardim
Aquela mulher que amo.

Àquela mulher que amo
Dei-lhe um aperto de mão
Estava madura no ramo
Estava madura no ramo
E o ramo caiu ao chão.”

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Comments:
Obrigada por esta partilha mágica da romã. Beijinhos.
 
Olá Vicktor
a semana começou, regresso ao trabalho após 11 dias em casa, lógico que não tenho o tempo que gostaria de ter para visitar todos os amigos da blogosfera...

Quero desde já convidar-te para a minha próxima exposição de fotografia - inauguração dia 19 - 3ª feira, mas se não puderes vir nesse dia, seria bom vires no sábado seguinte. Eu ia adorar!!!

Fica bem. Beijinhos.
 
Desconhecia esta tradição e não só sobre a romã. É fruto que não gosto, mas lembro-me bem da minha mãe fazer chá de romã, que para mim era uma purga (como quase todos, já que gosto mais de café:))
Mas o meu pessoal adora romãs e por vezes lá estou eu com a minha "santa paciência" a arranjar romãs e a ficar com as mãos pretas:)

Adorei ter passado por aqui e fizeste um magnífico post.

Beijos e uma boa tarde
 
Olá Viktor!

Esta postagem veio a somar. Gosto de aprender e desta forma foi muito bom, aliado a sua gentileza não só em comentar mas nos desejos de um bom ano, que retribuo em maior proporção, fazendo justiça a sua bondade. E li algo que fiquei de inicio encantada e quase nunca comento sobre este item, tão pessoal. Geralmente até passa despercebido:

"caminhante das terras do "sem fim" pelo sol se orienta nos trilhos dos afectos"

Achei lindo, sinceramente. Que este trilho seja iluminado por verdadeiros e fortes afetos, sem fim .


Carinhoso beijo. Obrigada!
 
Olá meu doce amigo.
Obrigado por suas palavras de carinho em meu cantinho.
Desejo que o ano de 2010 lhe traga muitas realizações, paz, amor, luz e fé.
Beijinhos doces da amiga.
Regina coeli.
PS:
Adoro a fruta romã´ e adorei seu poeminha também.
 
romãs! lindas e deliciosas, maravilhosas, comíamos sempre, tantas... e arranjá-las,um trabalhão!a minha mãe a arranjá-las com açúcar numa tijelinha...
é mágica como o número sete, sempreumamagia...
beijinhos
 
Curiosamente a romã é um fruto que nunca me apetece, dá cá uma trabalheira para a comermos.
 
Mais uma histório incrível que não conhecia.

Contigo estou mesmo a aprender pelo que obrigado pela partilha. Bjs
 
Querida Paula

A partilha da magia nunca é para agradecer...

Eu diria que partilhar magia é "obrigação" do ser humano.

Beijinhos.
 
Querida Tulipa

Grato sempre pelas tuas visitas, dentro das possibilidade de tempo, entendo.

Agradeço que entretanto me indiques o local da exposição.

Beijinhos.
 
Querida Fatyly

Não é dos frutos mais aromáticos e saborosos... mas é um fruto mágico.

No meu arquivo da Oficina tenho algo sobre "como preparar uma romã sem sujar os dedos". Um dia destes vou fazer a sua republicação.

Beijinhos.
 
Querida Desnuda

Muito grato pelas tuas palavras que são um incentivo para continuar.

Soube bem que tivesses reparado nesse pormenor que em muitos aspectos define o que sou e o que sinto.

Beijinhos.
 
Querida Regina

É sempre com muito agrado que te recebemos aqui na Oficina, onde simples terrenos te tratamos e te sentimos como uma Deusa que és Odoyá.

Beijinhos.
 
Querida Gaivota

Também sempre em mim senti a magia do número SETE e da romá nem se fala...

Beijinhos.
 
Querida Milu

É trabalhoso preparar uma romã para ser degustada. Um dia destes voltarei a publicar a "receita".

Beijinhos.
 
Querida Sara

Como partilha que é... aprendemos sempre muito entre nós.

Beijinhos.
 
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