quinta-feira, janeiro 21, 2010
a rocha dos namorados
Quando viajamos de São Pedro do Corval para Monsaraz no norte alentejano, já com a vivência do ambiente raiano de memória do contrabando, do “a salto”, das migrações transfronteiriças, deparamos de súbito com um monumento megalítico de estranha configuração.
Trata-se de um afloramento natural de granito, cuja forma faz lembrar um cogumelo, mas onde muitas pessoas visualizam, antes, a forma de um útero de mulher, um menir de cerca de dois metros e altura, designado Rocha dos Namorados.
As gentes de São Pedro do Corval, povoação situada a cerca de 500 metros de distância, chama-lhe a Pedra de Casar, pois é uso nela praticar um ritual de fecundidade, ou de casamento nos tempos modernos, pelos que as raparigas solteiras peregrinam em seu destino.
Este menir encontra-se crivado de gravuras megalíticas do tipo “covinhas” e no seu topo centenas de pequenas pedras são testemunho e resultado da prática de um ritual de origem pagã relacionado com o culto da fertilidade e à adivinhação.
Trata-se de um afloramento natural de granito, cuja forma faz lembrar um cogumelo, mas onde muitas pessoas visualizam, antes, a forma de um útero de mulher, um menir de cerca de dois metros e altura, designado Rocha dos Namorados.
As gentes de São Pedro do Corval, povoação situada a cerca de 500 metros de distância, chama-lhe a Pedra de Casar, pois é uso nela praticar um ritual de fecundidade, ou de casamento nos tempos modernos, pelos que as raparigas solteiras peregrinam em seu destino.
Este menir encontra-se crivado de gravuras megalíticas do tipo “covinhas” e no seu topo centenas de pequenas pedras são testemunho e resultado da prática de um ritual de origem pagã relacionado com o culto da fertilidade e à adivinhação.

As raparigas em idade casadoira vão, na segunda-feira de Páscoa, consultar a Rocha dos Namorados para saberem quanto tempo falta para consumarem o seu casamento. De costas viradas para a rocha atiram com a mão esquerda pequenas pedras que pretendem fiquem depositadas no topo do menir.
Se a pedra lançada não ficar em cima da rocha e cair ao solo significa que tem que esperar mais um ano para a realização do casamento. Se a pedra se juntar a tantas outras que existem no seu topo é garantido o casamento no ano corrente.
Local de idolatria pagã foi cristianizado, como aconteceu em muitas outras situações e ritos, passando a representar um “passo” da procissão de seca que tinha lugar entre a ermida de Nossa Senhora do Rosário e a Aldeia do Mato (hoje São Pedro do Corval).
Se a pedra lançada não ficar em cima da rocha e cair ao solo significa que tem que esperar mais um ano para a realização do casamento. Se a pedra se juntar a tantas outras que existem no seu topo é garantido o casamento no ano corrente.
Local de idolatria pagã foi cristianizado, como aconteceu em muitas outras situações e ritos, passando a representar um “passo” da procissão de seca que tinha lugar entre a ermida de Nossa Senhora do Rosário e a Aldeia do Mato (hoje São Pedro do Corval).
Etiquetas: megalítico, tradição
Comments:
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Como gosto destas tuas lições de cultura sobre lendas que desconhecia e se perpetuam no tempo. Adorei!
Querida Fatyly
Não consideres "lições", antes a partilha daquilo que vou perguntando, ouvido e aprendendo.
Beijinhos.
Não consideres "lições", antes a partilha daquilo que vou perguntando, ouvido e aprendendo.
Beijinhos.
Mais uma vez um momento de cultura como só tu sabes fazer. Não conhecia e achei muito interessante. Obrigado pela partilha. Bjs
Querida Sara
Gosto de partilhar o que vou aprendendo. Um par de namorados "segredaram-me" esta lenda...
Beijinhos.
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Gosto de partilhar o que vou aprendendo. Um par de namorados "segredaram-me" esta lenda...
Beijinhos.
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