Partilhar
domingo, abril 04, 2010

ovos ou chocolate

O dia de Páscoa festeja-se no primeiro Domingo depois da Lua Cheia que ocorre no ou após o equinócio da Primavera Boreal que este ano foi no dia 20 de Março, pelas dezassete horas e trinta e dois minutos. No ano corrente a Lua Cheia considerada teve lugar a 30 de Março, com os cem por cento do disco luminoso às duas horas e vinte e cinco minutos.

Tempo de Páscoa é na liturgia cristã e de muitos outros credos religiosos, actuais e de tempos passados, a ressurreição, o nascimento, a nova vida, um começar de novo. Algo que é cíclico na vida das gentes de todas as regiões do Mundo, em todos os tempos.

A Páscoa é simbolizada pelo ovo que em si contém todas as noções de um recomeço, a partir “sabe-se lá de onde”. O que nasceu primeiro? O ovo ou a galinha? Questão filosófica que se encontra arreigada no imaginário popular.

É tradição oferecer ovos na China. Há muitos séculos atrás os orientais embrulhavam os ovos em casca de cebola e cozinhavam-nos juntamente com beterraba. A cor dada pela beterraba entrava pelos interstícios das cascas de cebola criando desenhos suaves e estranhos. Os ovos eram oferecidos como presente na Festa da Primavera.

Este costume chegou ao Egipto. Tal como faziam os chineses, também os egípcios passaram a oferecer ovos no início da nova estação, no início da Primavera, onde começava um novo ciclo de vida.

Entretanto, os egípcios davam grande simbolismo aos animais, especialmente aos que viviam em comunhão nas suas casas, donde associavam o coelho ao símbolo da fertilidade. No antigo Egipto, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida. O mais importante é que a origem da imagem do coelho na Páscoa está na fertilidade que os coelhos possuem. E a Páscoa é reprodução, ressurreição, vida nova.

Após a morte de Jesus Cristo, aquando da expansão do Cristianismo, deu-se a absorção natural dos usos e costumes populares, donde os cristãos passaram a consagrar o hábito de oferecer ovos como lembrança da ressurreição e no século XVIII a Igreja adoptou-o oficialmente, como símbolo da Páscoa.

A evolução dos tempos, a “mão dura” da Igreja Católica que proibia, durante a Quaresma, a alimentação que incluísse ovos, carne e derivados de leite, o início do desenvolvimento da indústria de chocolate, por volta de 1828 e o avanço do mercantilismo explicam, no seu conjunto, a substituição de ovos naturais pelos de chocolate.

Etiquetas: ,


Comments:
Maisum relato fabuloso e que desconhecia. Pois eu prefiro um ovo estrelado:) do que de chocolate:)

Um abraço
 
A vertente propedeutica sempre presente na Oficina.

Abraço grande
 
Querida Fatyly

Partilhar é muto importane para a Oficina das Ideias. Muito grato pela tua presença continuada.

Beijinhos.
 
Querida Gasolina

O teu olhar é sempre especial para com a modesta Oficina.

Beijinho.
 
Sempre a aprender... Eu vou mais para os ovos ou para o chocolate dependendo da fome ou da gulozisse (eheheheh). Bjs
 
Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?