sábado, junho 12, 2010
ti maria úrsula parteira
Repousa no subconsciente colectivo das gentes das Charneca de Caparica como no da gente de toda a região litoral compreendida entre o Cabo Espichel, o Barbárico Promontório, e o Cabo da Roca, bem perto do Monte da Lua, a memória de um nefasto acontecimento geológico que há cerca de 10.000 anos “afundou” centenas de quilómetros da zona costeira europeia.
A existência do continente Atlante ou Atlântida onde viveu um povo tecnologicamente muito avançado e de uma faustosa riqueza, pacífico e sem pobreza, aflora em determinadas circunstâncias ao sentir do povo quando confrontado com situações extraordinárias.
Contou a própria Maria Úrsula, afamada parteira da Charneca de Caparica, a alguém que tal nos transmitiu que certa noite de Inverno em que se ouvia o marulhar forte do mar para lá da rocha lhe bateram à porta. Quando abriu, um homem vestido a rigor e de chapéu alto, tendo na mão uma candeia donde saía intensa luminosidade, solicitou-lhe que se deslocasse junto duma parturiente a quem tinha “chegado a hora”. Seria bem recompensada por tal.
Assim fez a Maria Úrsula que seguiu numa elegante berlinda que a aguardava puxada por um elegante cavalo alazão. Chegada à Descida das Vacas, para onde se haviam dirigido, uma lapa de que nunca se tinha apercebido existir abriu-se na rocha por onde a berlinda entrou.
Corredores amplos e muito iluminados cobertos de ricas tapeçarias foi o caminho seguido pela berlinda até ao local em que se encontrava a parturiente já em pleno trabalho de parto. Maria Úrsula “aparou” o recém-nascido com todo o seu saber tendo recebido muitos agradecimentos e retribuições. Regressou na berlinda a sua casa.
Nunca mais conseguiu saber o local exacto onde a lapa se terá aberto por muitas vezes que por lá tenha voltado a passar.
A existência do continente Atlante ou Atlântida onde viveu um povo tecnologicamente muito avançado e de uma faustosa riqueza, pacífico e sem pobreza, aflora em determinadas circunstâncias ao sentir do povo quando confrontado com situações extraordinárias.
Contou a própria Maria Úrsula, afamada parteira da Charneca de Caparica, a alguém que tal nos transmitiu que certa noite de Inverno em que se ouvia o marulhar forte do mar para lá da rocha lhe bateram à porta. Quando abriu, um homem vestido a rigor e de chapéu alto, tendo na mão uma candeia donde saía intensa luminosidade, solicitou-lhe que se deslocasse junto duma parturiente a quem tinha “chegado a hora”. Seria bem recompensada por tal.
Assim fez a Maria Úrsula que seguiu numa elegante berlinda que a aguardava puxada por um elegante cavalo alazão. Chegada à Descida das Vacas, para onde se haviam dirigido, uma lapa de que nunca se tinha apercebido existir abriu-se na rocha por onde a berlinda entrou.
Corredores amplos e muito iluminados cobertos de ricas tapeçarias foi o caminho seguido pela berlinda até ao local em que se encontrava a parturiente já em pleno trabalho de parto. Maria Úrsula “aparou” o recém-nascido com todo o seu saber tendo recebido muitos agradecimentos e retribuições. Regressou na berlinda a sua casa.
Nunca mais conseguiu saber o local exacto onde a lapa se terá aberto por muitas vezes que por lá tenha voltado a passar.
Etiquetas: estórias e mitos, minha terra
Comments:
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Olá, Vicktor, que história interessante, muito mesmo! Adorei ler! Até parece aqueles "causos" que se costuma contar nas noites frias, em frente ao fogão. Ótima narrativa!
Beijos pra ti e ótimo domingo!
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Beijos pra ti e ótimo domingo!
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