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domingo, maio 24, 2009

no tempo de dom afonso

“Para lá de uma pequena porta encontra-se um grande restaurante”, comentário que se encontra escrito no livro de honra do restaurante, entre milhares de mensagens que vão sendo deixadas pelos clientes após terem degustado uma original refeição, a darem nota positiva ao serviço e à arte culinária de uma “chef” de cozinha com um longo percurso na gastronomia minhota.

Estamos no coração do centro histórico da cidade que para muitos historiadores e estudiosos é o berço da nacionalidade portuguesa, na Praça de S. Tiago da cidade de Guimarães onde a oferta de restaurantes é profusa. A nossa opção, repetentes, aliás, na escolha, vai para o restaurante El-Rei, de seu nome completo El-Rei D. Afonso, que expõe a ementa, como todos os outros, em escaparate colocado no espaço para onde se prolonga o espaço de restauração que funciona na “loja”, zona térrea dos característicos edifícios que dão à Praça de S. Tiago o enquadramento urbanístico.

Instalados à mesa de esmerada apresentação, inclusive, com guardanapos de pano que tanto conforto propiciam, iniciamos o repasto com uma entrada de “queijo de vaca em azeite aromatizado de alecrim” a preparar a boca para um excelente vinho tinto alvarinho da Casa da Fojeira que dá pelo nome de “Tenente Bernardo”, de 2007.



Os quatro comensais à mesa optaram por rodarem em duas escolhas da lista das carnes, tendo ambas estado à altura do apetite de quem com tanto prazer as degustou:

Alheira no forno com batata a murro



e

Posta à Lagareiro com batata a murro



De pois de terminarmos com um verdadeiro “Vulcão de chocolate” foi tempo de deixarmos o registo da nossa passagem e da nossa satisfação no Livro de Honra e de saudarmos o esmero de Augusto Gonçalves, nas mesas e de Almerinda dos Anjos na cozinha.






Restaurante El-Rei D. Afonso
Praça de S. Tiago, 20ª
4800-445 Guimarães
Telefones 253 419 096 / 962 631 050

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Comments:
Estou na hora do almoço, então não é que me apetecia mesmo a alheirita com batatas a murro!!!
 
Não comento, não posso...estou a salivar!!!
 
Querida Lilás
Sabia-me muito bem comer uma alheirita na tua boa companhia... o queijo em azeite seria aromatizado com o alecrim da aldeia... o simples vinho de acompanhar seria substituído pelo náctar das uvas "daquele" vinhedo virado a sul...
Beijinho.
 
Querida MagyMay
É natural reacção a tão saborosos manjares, ainda mais ilustrados com as imagens do meu amigo/irmão/gémeo "Olho de Lince" a quem chegou a tremer a mão...
Beijinhos.
 
Olà,

sou melgacense, pois da sub-região do Alvarinho, e estou estupefacta de ver Alvarinho tinto... Pois de facto, o Vinho Alvarinho (de Monção ou Melgaço) ou até da Galiza, é vinho verde BRANCO, por conseguinte, os vinhos tintos là produzidos sao apenas VINHOS VERDES, e de qualquer modo não são vinhos ALVARINHOS. Tendo, obviamente amigos e parentes produtores de alvarinho, acho aberrante ver um artigo que fala sobre o Alvarinho tinto, a pesar de ser melgacence, não aprecio o Alavarinho, ou aliàs não aprecio vinhos brancos, por isso, se produzissem alvarinho tinto talvez ficasse à gostar. Nem na última Festa do Alvarinho se divulgou um tal Alvarinho, espumante e rosé sim, mas tinto ainda não... Os meus amigos produtores estão anciosos por conhercer uma tal casta de Alvarinho!
 
Amiga Mila

Muito grato pelo seu comentário, especialmente vindo duma região bem longe de onde vivo, mas que sempre adoro visitar.

Como sabe, com certeza, mantém-se acesa a discussão na internet sobre a questão do vinho Alvarinho Tinto, pelo que acho, que mesmo errado que eu esteja, o que escrevi nada tem de "aberrante" como refere no seu comentário.

Aliás, até veio aumentar a anciedade dos seus amigos produtores que devem "chegar-se à frente", pesquisar, investigar e produzirem o tal "Alvarinho - tinto".

Já agora gostava de lhe dizer porque chamei aquele vinho "Alvarinho - tinto". Trata-se de um vinho da região do Alvarinho, que com a designação de "vinho verde" o não é na realidade, pois tem as características de prova de um "Alvarinho"... e as castas usadas também...

Quem sabe se o meu escrito em lugar de sacrilego não irá ser uma nova ideia... própria desta Oficina.

Saudações amigas.
 
Viktor,

acho realmente que hà um malentendido, o facto de um vinho ter a denominação de vinho verde não implica que seja ruim. Mas de facto a sub-região portuguesa do Alvarinho é limitada à Melgaço e Monção, na beira do rio Minho, e, o vinho tinto de que fala no seu artigo é de Guimarães, e, pelo o que conheço da geografia, esse rio não passa por Guimarães, mas na Região do Minho, produz-se vinho verde, existe tinto e branco, e em Melgaço e Monção produz-se vinho Alvarinho: só com uvas BRANCAS, não existe de qualquer forma Alvarinho tinto, até, para a sua cultura viticola, era bom ir ao Solar do Alvarinho, em Melgaço (o único do País) no qual poderá provar os Alvarinhos da região e ver a sua história e as suas origens. Para responder ao que me disse, na regiao do Alvarinho não se produz só alvarinho, mas vários vinhos verdes, entre os quais Alvarinhos, mas parece, por acaso que não conhece muito bem essa região, e tenho a certeza que irá gostar imenso! Dizer que o Minho é regiao do Alvarinho e que por conseguinte todo vinho là produzido é Alvarinho é como se dissesse que provei um Champanhe tinto produzido na região do Côtes du Rhônes.
 
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