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sábado, março 14, 2009

na senda do "tempo de pedra" - 18

na senda do “Tempo de Pedra”
O adro da igreja é o centro do universo nas pequenas aldeias. Lugar de conversa, de passar notícias e de aumentar um ponto a um conto, é sítio de mercar a jorna e de adquirir alguns pertences. É no adro da igreja que o tempo passa. Para contar o tempo que passa e para marcar o ritmo da vida existe o relógio de sol à vista de todo o Povo.



na Capela de São Julião, São Julião, Carvoeira - Mafra

É um pequeno templo de arquitectura religiosa rústica, construído sobranceiro ao mar Atlântico, sobre uma falésia escarpada. No seu modesto aspecto exterior esconde um surpreendente interior com paredes completamente forradas a azulejos, representando a vida de São Julião e de Santa Basilisa. A pequena capela é precedida de uma galilé datada de 1768.



Tem um conjunto de dois relógios de sol verticais, um meridional (mostrador voltado a sul) e outro, com dois mostradores (oriental e ocidental), construídos em pedra, colocados no cunhal da empena poente com a empena sul, na rectaguarda da capela.



O relógio de sol vertical meridional esta datado de “17 54” na parte superior do mostrador e tem a marcação horária em numeração romana. O gnómon é de ferro. O mostrador lateral voltado a nascente tem a marcação horária em numeração árabe e representado o Sol na parte direita do quadrante e a Lua na zona esquerda do mesmo. O mostrador lateral voltado a poente tem como marcação horária um misto de numeração árabe e romana (“I II III”).





Para saber mais:
As Sombras do Tempo
Wikipédia
Observatório dos Relógios Históricos de Lisboa
Relógios de Sol, de Nuno Crato, Suzana Metello de Nápoles e Fernando Correia de Oliveira – edição CTTCorreios


“Tempo de Pedra” anteriores:
na Igreja de S. João Degolado, Terrugem, Sintra
na Igreja de S. João Baptista, S. João das Lampas, Sintra
na Capela de Santo António, Carvoeira, Mafra
na Ermida de Nª Sª do Ó, Carvoeira, Mafra
na Igreja de Santo Isidoro, Santo Isidoro, Mafra
na Casa de Sanzim, Sto. Amaro, Guimarães
no Posto de Turismo, Tomar
na Igreja de S. João Baptista, Tomar
na Igreja de Nª Sª do Bom Sucesso, Cacilhas, Almada
na antiga Casa de José Dias, Olho Marinho, Óbidos
na Quinta das Torres, Vila Nogueira de Azeitão, Setúbal
na Igreja de Nª Sª da Conceição (antiga Ermida de S. Sebastião das Areias), Conceição, Peniche
na Igreja Paroquial de São Sebastião, Serra d'El Rei, Óbidos
no Jardim Doutor Santiago, Moura
na Igreja de Nossa Senhora da Purificação, Montelavar, Sintra
na Igreja de Nossa Senhora de Rocamador, Cheleiros, Mafra
na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, Igreja Nova, Mafra

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Comments:
Vejo que gostas da história que a pedra nos conta imortalizando o passado desde o mais remoto até ao mais recente.
Tenho aprendido contigo a localizar alguns dos relógios de sol ainda existentes no país. A maior parte deles nas igrejas como hoje encontramos outros que continuam a orientar o povo nas vilas e aldeias. Aqui bem perto ouço o da minha aldeia e regresso com o seu badalar a um passado muito feliz.
Bem-hajas!

Beijinhos
 
Na escola que a minha filha frequenta (Escola Superior de Educação de Lisboa, antiga Escola do Magistério Primário), também existe um relógio de sol. Achei curioso, porque normalmente encontramos estes relógios em igrejas...
 
Carissimo camarada e amigo, apenas para manifestar o meu sentido reconhecimento por esta tua aventura pelo mundo da história, da cultura e esta tua nobre e saudável teimosia em lutar contra o tempo, na busca incessante pelo saber. Faustino
 
Querida Isamar
Sou da opinião que as pedras têm vida e contam muitas estórias, além de serem marcos da nossa história.
Os relógios de sol, então, acho-os apaixonantes.
Beijinhos.
 
Querida Greenie
Fico sempre muito agradado com as tuas visitas e palavras que aqui deixas gravadas.
Já anotei essa indicação ácerca da existência de um relógio de sol na ESEL.
Beijinhos.
 
Caríssimo Amigo Faustino
Fiquei muito sensibilizado com as palavras que aqui deixaste.
Tomei a liberdade de as levar para a ribalta da Oficina das Ideias.
Um abraço.
 
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