quinta-feira, abril 30, 2009
perfeita harmonia

em perfeita harmonia
erva verde dentro da água se eleva
ajuda mútua, melancolia
com a luz vencer a treva
Etiquetas: paisagens
as maias pagãs e a beltane druida
Leite de Vasconcelos chama a este acontecimento o “enramalhamento” das portas.
Com isso, assim diz a tradição, se pede que “haja fartura na casa e na família”, “o mau olhado seja afastado”, “as bruxas não incomodem”...
Na tradição, vinda das brumas dos tempos, muitas são as lendas ligadas a este acontecimento, algumas ligadas a rituais da fertilidade de tempos remotos e que, como em tantas outras situações o Cristianismo adoptou.
“Não consegues lutar contra tradições pagãs, adopta-as como tradições religiosas”
Muito ligado a esta tradição das “Maias” está o designado Maio-Moço, também ele ligado à força renovadora da juventude, a fertilidade e às coisas novas: grupos de jovens acompanham em grande correria um moço coberto de giestas floridas (o Maio-Moço) e enquanto canta a “Canção de Maio” o moço grita “Viva! Viva! Viva!”, conforme nos descreve o P. Rebelo Bonito.
Esta festa tem origem no antigo Festival Druida do Fogo, onde se celebra o retorno do sol (do Deus Sol) e baseado na Floralia dos romanos, dedicada às flores. O 1º de Maio era o dia em que os antigos romanos penduravam grinaldas de flores (seriam maias?) diante dos seus altares em honra dos espíritos que protegiam as famílias e as casas.
No dia de Beltane o sol está, astrologicamente, no signo de Touro e marca a “morte” do Inverno, o “nascimento” da Primavera e o Verão já aqui tão perto. Depois do pousio, vem o plantio... o Verão amadurece as sementeiras e as pessoas.
Dança-se de maneira alegre, usam-se vestimentas brilhantes como a Primavera. Há mesmo quem prefira não usar roupa. Os corpos ficam cada vez mais juntos, entrelaçam-se fitas coloridas simbolizando a união do feminino e do masculino. A sensualidade emerge e o poder fertilizador da Primavera atinge o seu auge e objectivo.
Os alimentos pagãos tradicionais desta época são os frutos vermelhos (cerejas, morangos, amoras), saladas de ervas, ponche de vinho rosado ou tinto, e bolos redondos de cevada.
Etiquetas: festas populares, tradição
quarta-feira, abril 29, 2009
pirilampos de paixão

salpicam de vermelho os verdes campos
em forma de flores são a paixão
com luz seriam pirilampos
assim são do amor recordação
Etiquetas: papoilas
cravos de abril da oficina

2006

2007

2008

2009

Salientamos a sua utilização por Câmaras Municipais (Arouca, Almada, Trancoso e tantas outras) e por agrupamentos escolares em trabalhos alusivos ao 25 de Abril. Foi com muita surpresa que viemos, igualmente, a encontrar esta imagem reproduzida como introdução ao tema Revolução dos Cravos, apresentado pelo brasileiro Luciano Pires num “podcast” do seu Programa Café Brasil.
Etiquetas: cravos de abril, oficina
terça-feira, abril 28, 2009
sopra o vento de feição

indica como sopra o vento
ora suão, logo nortada
tal como o meu pensamento
na viagem desejada
Etiquetas: cataventos e anemómetros
a força do querer

Virgen de la Paz (Venezuela) e Virgen de Montserrat (Catalunya)
segunda-feira, abril 27, 2009
olhar felino

olhar atento, felino
vê o que ninguem alcança
seu antepassado tigrino
deixou-lhe esta herança
amizade e informação

Regras muito simples para dar seguimento e divulgação deste “méme” que muito nos apraz cumprir:
1 - Exibir a imagem
2 - Postar a hiperligação do blogue que o premiou
3 - Publicar regras
4 - Indicar 10 blogues para receber o selo
5 - Avisar os blogues nomeados.
Aqui ficam as escolhas da Oficina, sem desprimor para os que contemplados não foram:
Lualil, do Traduzir-se… (Brasil)
Eduardo, do Varal das Ideias (Brasil)
Menina do Rio, do Momentos de Vida (Brasil)
Cathy, do Bailar das Letras (Brasil)
Denise, do Síndrome de Estocolmo (Brasil/Coreia do Sul)
Lilás, do Perfume de Jacarandá (Portugal)
Isamar, do Cata-Vento (Portugal)
MagyMay, do Trivialidades e Croquetes (Portugal)
Alves Fernandes, de O PreDatado (Portugal)
Gasolina, do Árvore das Palavras (Portugal)
domingo, abril 26, 2009
vivaz beleza

flor silvestre de beleza vivaz
dá cor e magia ao alentejo
em suas tonalidades de lilás
deposito uma carícia, um beijo
Etiquetas: flores silvestres
os relógios do british bar
e Lisboa inteira se submerge como um nadador
que se aventurara de noite contra a corrente.
No British Bar um excesso de álcool e de tristeza
(esse clima triste que todos absorvem ou amortalham)
rebobina o sangue nas veias e no final, algo bêbado,
pedes a conta como quem coloca grades à sede.
E vês o empregado acudir e encalhar em suas saudades
porque não se enquadram os números da fatalidade:
o tempo se lhe enreda sem remédio entre os dedos.
E sais, saio do British Bar e como por magia
me encontro de repente numa rua desconhecida
com cinquenta, cem anos menos e o mundo mudou
o mesmo acontece com os olhos que vêem passar o rio.
Os eléctricos retrocedem a um passado lento de carroças,
os plátanos minguam até serem semente ou sílabas de luz,
a chuva se levanta das poças para cair até acima
e os beijos voltam às suas bocas, e os poemas ao silêncio,
como no princípio do mundo antes de ser mundo.
E volto sobre os meus passos até ao bairro de Alfama
com as roupas folgadas como os adjectivos excessivos.
Pelo caminho corro e perco os sapatos, tropeço.
Entro na casa recôndita e ao fundo do tempo,
sobre os azulejos degradados de outra época
estão os relógios a arder, o fumo voltando para a chama
e minha mãe recordando as passagens das nossas vidas
para me dizer num português desdentado de 1755:
“Agarra-te, meu filho, às asas da manhã:
Agora vamos entrar no terramoto”.

sábado, abril 25, 2009
25 de abril, sempre

ergamos os cravos como braços, punhos
na força e querer que o povo tem
na defesa da paz, da liberdade, pela solidariedade e progresso
Etiquetas: 25 de abril
na senda do “tempo de pedra” 24
na Igreja de Nª Sª da Consolação, Arrentela - Seixal
A igreja remonta aos finais do século XVI ou princípios do século XVII, sabendo-se ao certo que já existia em 1522, contudo o estilo predominante é o barroco fruto da reconstrução que foi realizada após o terramoto de 1755. Aliás, existe uma inscrição sobre a porta principal da igreja onde se pode ler “EM O PRº DE NOVEMBRO DE 1755 CAHIO ESTA IGREJA DE HUM TEREMTº E SE LEVANTOU NO ANNO DE 1757”. Exteriormente a igreja é de arquitectura austera com alçado principal rematado por frontão triangular. Tem duas torres de configuração diferente.



Para saber mais:
As Sombras do Tempo
Wikipédia
Observatório dos Relógios Históricos de Lisboa
Relógios de Sol, de Nuno Crato, Suzana Metello de Nápoles e Fernando Correia de Oliveira – edição CTTCorreios
“Tempo de Pedra” anteriores:
na Igreja de S. João Degolado, Terrugem, Sintra
na Igreja de S. João Baptista, S. João das Lampas, Sintra
na Capela de Santo António, Carvoeira, Mafra
na Ermida de Nª Sª do Ó, Carvoeira, Mafra
na Igreja de Santo Isidoro, Santo Isidoro, Mafra
na Casa de Sanzim, Sto. Amaro, Guimarães
no Posto de Turismo, Tomar
na Igreja de S. João Baptista, Tomar
na Igreja de Nª Sª do Bom Sucesso, Cacilhas, Almada
na antiga Casa de José Dias, Olho Marinho, Óbidos
na Quinta das Torres, Vila Nogueira de Azeitão, Setúbal
na Igreja de Nª Sª da Conceição (antiga Ermida de S. Sebastião das Areias), Conceição, Peniche
na Igreja Paroquial de São Sebastião, Serra d'El Rei, Óbidos
no Jardim Doutor Santiago, Moura
na Igreja de Nossa Senhora da Purificação, Montelavar, Sintra
na Igreja de Nossa Senhora de Rocamador, Cheleiros, Mafra
na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, Igreja Nova, Mafra
na Capela de São Julião, São Julião, Carvoeira, Mafra
na Praça D. Lourenço Vicente, Lourinhã
na Casa Senhorial da família Catanho Menezes, Toxofal de Baixo, Lourinhã
na Quinta da Moita Longa, Toxofal de Cima, Lourinhã
na Igreja de S. Domingos, Reguengo Grande, Lourinhã
em Casa Particular, Reguengo Grande, Lourinhã
Etiquetas: relógio de sol
sexta-feira, abril 24, 2009
a força que os braços têm

força de braços para vencer a quebra da onda
da faina depende a sobrevivência da companha
o mar nem sempre é "mar de damas"
Etiquetas: artes
há trinta e cinco anos
Onde estávamos na noite de 24 para 25 de Abril de 1974?
Tínhamos nessa noite decidido ir ao teatro. A escolha recaiu na revista “Ver, ouvir e calar” em cena num dos teatros do Parque Mayer. Como habitualmente comprámos bilhetes para a segunda sessão que teria lugar lá pelas 23:30. Fomos jantar antes de nos dirigirmos para o teatro, mesmo assim, pouco passava das 22 horas quando chegámos às imediações do Parque Mayer.
Os lugares de estacionamento estavam completamente ocupados, pois as primeiras sessões dos teatros ainda não haviam terminado. Assim, decidimos parquear o carro em cima do passeio separador entre a faixa central e a lateral descendente da Avenida da Liberdade. Para “fazer horas” fomos caminhar Avenida abaixo, Avenida acima.
Nas semanas anteriores, muitos rumores circulavam em determinados meios acerca do facto de que algo se estaria a preparar em termos político/militar no sentido de se modificar a situação política vigente. Sempre que ao fim da tarde passava pela Livraria Opinião, para dois dedos de cavaqueira, esse tema era recorrente.
Nada fazia supor, contudo, que algo estivesse eminente. A noite mostrava-se calma, até em termos climatéricos, pelo que fomos tranquilamente assistir ao espectáculo que muito nos divertiu. O divertimento não foi o mesmo à saída, pois no vidro do carro encontrava-se um papelinho, multa por estacionamento proibido. Fora colocado já depois da meia-noite pelo que estava datado de 25 de Abril de 1974.
Depois da saída do teatro cerca das 2 horas da madrugada ainda fomos “beber um copo” ao Convés, hoje substituído por um restaurante brasileiro e onde após os espectáculos os artistas e alguns espectadores mais noctívagos conviviam um pouco. Depois, o regresso a “penates”.
No regresso, porque calhava em caminho, passámos à porta do antigo Rádio Clube Português.
Poucas horas depois sou despertado pelo tocar do telefone. Em marcha estava o que viria a ser o glorioso 25 de Abril. A revista que fôramos ver mudou de nome. Passou, a partir desse dia a chamar-se “Ver, ouvir e falar”. Da multa por estacionamento proibido não mais ouvi falar.
Onde estávamos no dia 1º de Maio de 1974?

fotografia de Alfredo Cunha (?) ou de Fernando Baião (?)
Etiquetas: 25 de abril, baú de memórias
quinta-feira, abril 23, 2009
uma rosa para teu seio

rosa vermelha paixão, coloca-a junto a teu seio
pousa-a sobre o coração, corresponde ao meu anseio
de sentir tua emoção, em dia de doce enleio
Etiquetas: amizade, namorados, sant jordi
sant jordi dos namorados
Imagino que me encontrarei com Gaudí tantas são as marcas que deixou na capital da Catalunya. Na verdade, cada marca é um sinal, um signo que ajudará a desvendar o mistério que envolve toda a sua obra. Sinto no meu corpo a marca de um dos seus “sete sóis” perpetuada numa tatuagem em lugar recôndito.
Hoje é um dia muito especial. Celebra-se Sant Jordi, o nosso São Jorge do castelo e dos dragões, que da Catalunha é o patrono e dos enamorados o protector. O dia em que os homens oferecem à sua mulher amada uma rosa. Tradição entre os namorados, o tempo tornou-a extensiva às filhas, às avós e às colegas. E, muito em especial, às amigas de verdade.
As mulheres, contempladas com tão bela e ternurenta oferta, elas próprias maravilhosas rosas de um jardim imaginário, retribuem a flor recebida com a oferta de um livro. Sensibilidade e cultura de mãos dadas.
Hoje é o verdadeiro Dia dos Namorados, no seu mais sentido significado de “todos que se querem bem”, que se gostam, que se respeitam e que juntos caminham a cumplicidade vida, muitas vezes a milhares de quilómetros de distância.
Aqui deixo uma rosa para a Teresa - minha mulher, para a Lila – amiga do coração que adora a cor lilás, para a Mikah - minha comadre especial, para as queridas Montse, Marisa e Faíza , meus sentires na Catalunha, para o outro lado do mar, a Lualil, a Claudia, a Cathy, a Lígia, a Gwen e a Yonara, para a Alfonsina e a Lile, lá para os lados do Caribe, e para TODAS as minhas amigas, para TODAS as mulheres do Mundo, especialmente para as que sofrem as agruras das “civilizações”.

Etiquetas: amizade, namorados, sant jordi
quarta-feira, abril 22, 2009
uma flor para... o ricardo

és a luz do meu viver
acalmia quando surge a tempestade
a temperança, o aconchego
Etiquetas: aniversário, parabéns
dia do achamento do brasil
Conheci o Brasil há cerca de meia centúria, ainda não o achei mas um dia acontecerá, pela pena de Jorge Amado, proscrita das livrarias portuguesas por acção da censura salazarenta. Ahhh!!! “Os Subterrâneos da Liberdade”. Mas também nos romances de Graciliano Ramos e nos escritos de Josué de Castro e nos estudos do antropólogo Egon Schade.
E desde então fiquei a amá-lo. Aliás, sentimento recíproco expressado objectivamente pela liderança que os blogueiros brasileiros têm entre os visitantes desta modesta Oficina das Ideias.
Por muitos considerada a primeira peça literária da Literatura Brasileira, a “Carta de Pêro Vaz de Caminha”, dirigida ao rei D. Manuel I, começa assim:
“Senhor:
Posto que o Capitão-mor desta vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a nova do achamento desta vossa terra nova, que ora nesta navegação se achou, não deixarei também de dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que -- para o bem contar e falar -- o saiba pior que todos fazer.
Tome Vossa Alteza, porém, minha ignorância por boa vontade, e creia bem por certo que, para aformosear nem afear, não porei aqui mais do que aquilo que vi e me pareceu.
Da marinhagem e singraduras do caminho não darei aqui conta a Vossa Alteza, porque o não saberei fazer, e os pilotos devem ter esse cuidado. Portanto, Senhor, do que hei-de falar começo e digo:
A partida de Belém, como Vossa Alteza sabe, foi segunda-feira, 9 de Março. Sábado, 14 do dito mês, entre as oito e nove horas, nos achamos entre as Canárias, mais perto da Grã-Canária, e ali andamos todo aquele dia em calma, à vista delas, obra de três a quatro léguas. E domingo, 22 do dito mês, às dez horas, pouco mais ou menos, houvemos vista das ilhas de Cabo Verde, ou melhor, da ilha de S. Nicolau, segundo o dito de Pêro Escolar, piloto.
Na noite seguinte, segunda-feira, ao amanhecer, se perdeu da frota Vasco de Ataíde com sua nau, sem haver tempo forte nem contrário para que tal acontecesse. Fez o capitão suas diligências para o achar, a uma e outra parte, mas não apareceu mais!
E assim seguimos nosso caminho, por este mar, de longo, até que, terça-feira das Oitavas de Páscoa, que foram 21 dias de Abril, estando da dita Ilha obra de 660 ou 670 léguas, segundo os pilotos diziam, topamos alguns sinais de terra, os quais eram muita quantidade de ervas compridas, a que os mareantes chamam botelho, assim como outras a que dão o nome de rabo-de-asno. E quarta-feira seguinte, pela manhã, topamos aves a que chamam fura-buxos.
Neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! Primeiramente dum grande monte, mui alto e redondo; e doutras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes arvoredos: ao monte alto o capitão pôs nome - o Monte Pascoal e à terra - a Terra da Vera Cruz.
… …. …
Pêro Vaz de Caminha”
Etiquetas: meu brasil
terça-feira, abril 21, 2009
texturas dos sentidos

por vezes olhamos o mundo
sem transparência nem brilho
afastada a "cortina" surge esplendorosa beleza
Etiquetas: texturas
memórias
A palavra saudade vem do latim solitate, que na tradução literal quer dizer solidão. Mas na nossa língua adquiriu um significado mais romântico, por vezes eivada de dramatismo, do “amor ausente” mas, igualmente, de todas as ausências que nos levam à nostalgia.
Despejada desses sentires nostálgicos, como mais gosto de fazer, sem as “coisas distantes ou extintas” que não é possível trazer até nós, fica a suavidade das memórias, de tudo o que nos deu prazer, mas também das situações mais dramáticas que nos ajudaram a crescer, enriquecendo o nosso pulsar social e solidário.
Este sentimento sempre foi tema de músicas, poemas, filmes. O fado de determinada época encontrou nos aspectos mais dramáticos sua fonte de inspiração. Mas verdadeiramente o que nos faz avançar são as memórias e a força que encontramos para as recuperarmos e criarmos novas situações que virão a ser memórias para os tempos e gerações vindouros.
Etiquetas: textos para meditar
segunda-feira, abril 20, 2009
rosinhas do meu encantamento

do esplendoroso firmamento
desejam ser colhidas por doce olhar de mulher
Etiquetas: flores de jardim
navego no teu sorriso
Navego no teu sorriso
Casca de noz, maresia.
Em palavras de improviso,
São pérolas do paraíso
São lágrimas de alegria.
No meu sonho te levei
Por marés da fantasia.
No areal desenhei
A imagem que sonhei
Para cúmplice companhia.
Uma onda veio beijar
O areal tão amado.
A imagem veio buscar
Para longe para lá do mar
Para terra do meu cuidado.
Ficou sempre na memória
De quem arco-íris sonhou.
Que o final da estória
É simples convocatória
Da alma que se ausentou.
Fica aqui escrito, lavrado
A memória de um sorriso.
Ele vive aqui a meu lado
No esquerdo acarinhado
Melodia que harmonizo.
Etiquetas: poesia
domingo, abril 19, 2009
viva da costa

Viva da Costa!... Frês-quiá”
[Bulhão Pato]
em tons de lilás
Esvoaçam estorninhos nas amplas planícies
Mensageiros da mudança, do eterno renovar.
Tonalidades de Primavera que para trás deixa
Outonais castanhos e os verdes das invernias
No avanço constante do contador do tempo
Somatório das tristezas e das muitas alegrias.
Deixa que os estorninhos desenhem belas espirais
E em seus voos tracem no azul de paz, os sinais.
Longe vão os dias das lágrimas que o céu chora
Iluminado agora pela luz da tua cor primaveril
Logo mais a cobrir os campos e as matas reais
Á vinda desse vento que sopra do sul e aquece
Sinal que são tempos de amadurecimento, de vida.
Etiquetas: poesia
sábado, abril 18, 2009
uma flor para... a montse

com a ousadia do imortal gaudi
festejamos com alegria teu aniversário
Etiquetas: aniversário, parabéns, rosas
na senda do “tempo de pedra” 23
É um edifício de dois andares de construção recente, pertencente a um emigrante no Canadá, situado na esquina da rua Jogo das Cheias com a rua Luís C. Santos, tendo porta de entrada com o número 25 na primeira das ruas citadas.



As Sombras do Tempo
Wikipédia
Observatório dos Relógios Históricos de Lisboa
Relógios de Sol, de Nuno Crato, Suzana Metello de Nápoles e Fernando Correia de Oliveira – edição CTTCorreios
“Tempo de Pedra” anteriores:
na Igreja de S. João Degolado, Terrugem, Sintra
na Igreja de S. João Baptista, S. João das Lampas, Sintra
na Capela de Santo António, Carvoeira, Mafra
na Ermida de Nª Sª do Ó, Carvoeira, Mafra
na Igreja de Santo Isidoro, Santo Isidoro, Mafra
na Casa de Sanzim, Sto. Amaro, Guimarães
no Posto de Turismo, Tomar
na Igreja de S. João Baptista, Tomar
na Igreja de Nª Sª do Bom Sucesso, Cacilhas, Almada
na antiga Casa de José Dias, Olho Marinho, Óbidos
na Quinta das Torres, Vila Nogueira de Azeitão, Setúbal
na Igreja de Nª Sª da Conceição (antiga Ermida de S. Sebastião das Areias), Conceição, Peniche
na Igreja Paroquial de São Sebastião, Serra d'El Rei, Óbidos
no Jardim Doutor Santiago, Moura
na Igreja de Nossa Senhora da Purificação, Montelavar, Sintra
na Igreja de Nossa Senhora de Rocamador, Cheleiros, Mafra
na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, Igreja Nova, Mafra
na Capela de São Julião, São Julião, Carvoeira, Mafra
na Praça D. Lourenço Vicente, Lourinhã
na Casa Senhorial da família Catanho Menezes, Toxofal de Baixo, Lourinhã
na Quinta da Moita Longa, Toxofal de Cima, Lourinhã
na Igreja de S. Domingos, Reguengo Grande, Lourinhã
Etiquetas: relógio de sol
sexta-feira, abril 17, 2009
belas estevas

mais parecem flocos de neve
que resistem aos primeiros sóis de primavera
Etiquetas: flores silvestres
lágrimas de sal
Duas lágrimas deslizam
Docemente
Pelo teu rosto
De linhas suaves e belas
Traçam sulcos de prata
Na pele cor de âmbar
Translúcida
Etérea.
Marcas de amor
Profundo
Somente a eternidade
Concede
Plena vivência
Beijo de séculos
Os amantes sentem
Seu.
A cada momento que passa
Duas lágrimas
De sal
Uma pitada
De ser.
São duas lágrimas de sal
As marcas do muito amar
Etiquetas: poesia
quinta-feira, abril 16, 2009
duplo esplendor

num cantinho do jardim
são a unida força de um signo
Etiquetas: flores de jardim
simplesmente luísa
Cena bonita de ver. Prestei um pouco mais de atenção. A jovem mulher, já não tão jovem assim, não muito alta, desembaraçada, deixou-me pasmado de surpresa. Era a Luísa Basto!
A mais bela voz portuguesa da actualidade, na minha modesta opinião, ali estava num ternurento quadro familiar quando eu sempre esperava vê-la actuar nos melhores palcos nacionais e internacionais.
Com uma formação de canto ímpar, obtida em Moscovo, foi voz e imagem da Revolução dos Cravos. Actuou com os melhores artistas dos anos setenta do século passado nos muitos espectáculos de “canto livre” que levaram música onde até então nunca tinha chegado neste nosso país tão pequenino.
Depois foi silenciada. Ignorada pelos órgãos de comunicação social. Lançada ao ostracismo pelas editoras discográficas, cantava para os amigos no restaurante que tem no Pragal e onde se mantém uma homenagem permanente a um grande homem das letras: Manuel da Fonseca.
A Luísa continuou a lutar, a lutar com a sua maravilhosa voz, temperada como o aço, fruto da luta diária dos operários e das famílias que vão caminhando para a penúria de uma sociedade em decadência. Mas a Luísa continuou a lutar.
Conseguiu gravar um disco de fados, cantados com alma e sentir, que rapidamente se esgotou e que a editora não voltou a reeditar. Luísa não poderia nunca ser disco de ouro, sequer de um metal menos nobre como a prata. Mas Luísa continuou a lutar.
Dois mil e três vai foi o seu ano de glória. Vinte e nove anos depois de ter regressado a Portugal. Felipe La Féria escolheu LUISA BASTO para encarnar a figura de Amália Rodrigues no seu espectáculo Amália, para a apresentação no Casino Estoril.
Bravo Luísa Basto!
Comemora-se hoje o Dia Mundial da Voz
Etiquetas: gente e factos, luísa basto
quarta-feira, abril 15, 2009
pentagrama floral

nascida na primavera encantada
no simbolismo duma fada
Etiquetas: flores de cactos
vinte e sete versos... vezes três
vinte e sete versos
Alvorecer
Melancólico alvorecer
De outonal sentir
Dos doirados e castanhos
Das azeitonas negras
Das vinhas vindimadas
Parras encarquilhadas
Veredas
Da vida percorrida
Passado o tempo
Que não perdido
Na vida com sentido
Ontem
Sol poente tingido
De vermelho
Hoje é a romã que pinta
Dependurada
Na árvore do sonho
Sonho alado
Por montes e vales
E pelo oceano
Percurso repetido
Na lareira perdido
No aroma da erva-doce
Na saborosa jeropiga
Que amacia a voz
Para mais uma canção... de AMOR
E mais vinte e sete...
de Amor?
De amor se tinge o coração
De vermelho
De paixão
Que é renascer
Ao som metálico do banjo
Tocado em contraponto
Porque a guitarra maviosa
Ecoa nos campos
Nos olivais
Nos vinhedos
Mais além os castanheiros
Verde feito castanho
Desejo tamanho
Caminho sentido
No sonho ganho
Logo perdido
Escolho vencido
Raio de sol
Coado pela amarelada folhagem
Na curva da vereda
Sentido do poente
Hoje diferente
Depois renovado
Como é dos tempos
Passados vividos
De boa memória.
E outros vinte e sete...
De invernia tempo
Foi de viagem
Para as terras do sul
Tempo de esperança
Chegou
Para viver o momento
De coragem sentimento
Abóbada de azul
Sinal de temperança
Como muito nos apraz
No sentir no renovar
Em permanente mudança
No arco-íris furtado
Daquela gota tão límpida
Uma flor de lilás
Que ilumina veredas
Do pensamento
Da vida
Que desta forma sentida
Qual estrela fulgente
Nos encaminha no sonho
Das montanhas
Dos mares
Para lá do horizonte
No brilho de um tesouro
Teu coração de ouro
De afectos é a fonte.
Etiquetas: poesia
terça-feira, abril 14, 2009
iluminar a vida

a iluminar o caminho
aos amantes e namorados
Etiquetas: candeeiros
josé franco, o barrista
Um sorriso aberto foi a resposta à apresentação, parando momentaneamente a tarefa de acariciar o barro que lhe tomava mais de doze horas por dia, para logo continuar. Lá me foi dizendo: “_Vai tomar aqui uma ginjinha que é de estalo... foi feita por mim”. Esse dia foi totalmente passado no que era então o embrião da hoje muito turística “Aldeia Saloia” de José Franco. Ainda recordo no palato o sabor de umas divinais iscas de porco frigidas em banha, manteiga de porco rosada como então se dizia, preparadas com arte pela irmã do oleiro para o nosso almoço.
Conversamos primaveras a fio naquele passar de tempo despreocupado onde amizades se sedimentam para a vida. Um dia fui surpreendido com uma pergunta do oleiro José Franco: “_... e o amigo qual é o seu trabalho?”. Não foi fácil a resposta sobre uma actividade que era emergente em Portugal, a informática que sucedia à mecanografia.
Deu-se por satisfeito o artista quando me disse: “_Quero fazer uma peça que signifique o seu trabalho para lhe oferecer em Abril”. Nesse glorioso mês, decorria o ano de 1977, aquando da realização do Mercado de Abril, mostra de artesanato durante anos vivida à beira do rio Tejo, lá esperava por mim, o Alfarrabista.

o Alfarrabista, de José Franco, anos de 1976-77
Ano após ano fazia crescer a sua “Aldeia Saloia”, miniaturas com movimento produzido pela água corrente, imagens da vida rural da região saloia. A religiosidade sempre presente não impedia alguns devaneios artísticos de cariz pagão, como este “burro a partir a loiça toda” que não tendo passado de um “ensaio” é uma peça única que um dia o mestre oleiro me ofereceu.

“burro a partir a loiça na própria olaria”, de José Franco, anos 80 do século XX

José Franco na sua oficina de oleiro, Setembro de 2002
JOSÉ FRANCO continua vivo na Oficina das Ideias
Etiquetas: gente e factos
segunda-feira, abril 13, 2009
lilás uma cor divina

com belas flores em lilás
a luz que acompanha a minha caminhada
Etiquetas: flores de jardim
o arco-íris numa lágrima
Que torna os dias cinzentos
É sinal que encaminha
Os nossos pensamentos
Para as veredas do querer
Que em determinados momentos
São ousados atrevidos
Dão a cor desejada
Neste tempo de tormentos
Que não de passos perdidos
Pois tão bela caminhada
Para lá da bruma dos tempos
Está a luz que determina
Cores que são sentimentos
Lágrimas de alegria
Esta chuva miudinha
Que torna os dias cinzentos.
Etiquetas: poesia
domingo, abril 12, 2009
páscoa feliz

desejamos a todos os que connosco partilham
afectos e sentires, uma Páscoa Feliz
Etiquetas: dia de páscoa
páscoa, tempo de mudança e de esperança
Em tempos de Páscoa, em espaço de mudança e de esperança, como aliás o é desde épocas imemoriais na passagem do Equinócio da Primavera e até tempos de searas maduras, não queremos deixar de partilhar duas referências que muito nos sensibilizaram.
A nossa querida amiga Mariazita, do A Casa da Mariquinhas, deixou-nos esta bela mensagem:
“Que o domingo de Páscoa seja muito bom, e, se possível, ao lado das pessoas a quem você quer bem.
A Páscoa comemora a ressurreição de Cristo, o seu renascimento.
Por isso nada melhor do que aproveitar este domingo para reflectir, fazer o levantamento da vida para saber se é necessário recomeçar.
Porque, Páscoa é isso, é o momento de renascer - seja para o novo modo de vida, para o amor, para amizade…
Que para nós seja o renovar de amizade, são os meus votos”
A equipa do WebMundi, sítio da blogoesfera, guia de blogues e sítios, enviou-nos a seguinte declaração:
“Parabéns, Oficina das Ideias!
Foi indicado para fazer parte do Guia da Web de WebMundi.com, pela qualidade e utilidade das informações apresentadas no site.
O Guia da Web é uma iniciativa que se propõe à divulgação gratuita de bons conteúdos na Internet.”

Sentimo-nos felizes na Oficina das Ideias.
A todos que têm feito desta modesta “oficina” um espaço de partilha desejamos PÁSCOA FELIZ.
Etiquetas: oficina
sábado, abril 11, 2009
partida para a faina

sustento para a companha e para a família
é hora de partir para fazer o "cerco"
na senda do “tempo de pedra” 22
na Igreja de S. Domingos, Reguengo Grande - Lourinhã
A igreja matriz vocativa de S. Domingos foi construída no século XVII ao estilo Renascentista de uma só nave. A fachada principal tem frontão circular rematado por uma cruz e é ladeado por cunhais em canteria. Tem torre sineira única erigida do lado esquerdo da fachada.



As Sombras do Tempo
Wikipédia
Observatório dos Relógios Históricos de Lisboa
Relógios de Sol, de Nuno Crato, Suzana Metello de Nápoles e Fernando Correia de Oliveira – edição CTTCorreios
“Tempo de Pedra” anteriores:
na Igreja de S. João Degolado, Terrugem, Sintra
na Igreja de S. João Baptista, S. João das Lampas, Sintra
na Capela de Santo António, Carvoeira, Mafra
na Ermida de Nª Sª do Ó, Carvoeira, Mafra
na Igreja de Santo Isidoro, Santo Isidoro, Mafra
na Casa de Sanzim, Sto. Amaro, Guimarães
no Posto de Turismo, Tomar
na Igreja de S. João Baptista, Tomar
na Igreja de Nª Sª do Bom Sucesso, Cacilhas, Almada
na antiga Casa de José Dias, Olho Marinho, Óbidos
na Quinta das Torres, Vila Nogueira de Azeitão, Setúbal
na Igreja de Nª Sª da Conceição (antiga Ermida de S. Sebastião das Areias), Conceição, Peniche
na Igreja Paroquial de São Sebastião, Serra d'El Rei, Óbidos
no Jardim Doutor Santiago, Moura
na Igreja de Nossa Senhora da Purificação, Montelavar, Sintra
na Igreja de Nossa Senhora de Rocamador, Cheleiros, Mafra
na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, Igreja Nova, Mafra
na Capela de São Julião, São Julião, Carvoeira, Mafra
na Praça D. Lourenço Vicente, Lourinhã
na Casa Senhorial da família Catanho Menezes, Toxofal de Baixo, Lourinhã
na Quinta da Moita Longa, Toxofal de Cima, Lourinhã
Etiquetas: relógio de sol
sexta-feira, abril 10, 2009
e logo a seguir... o mar

para chegar até ao lugar de sonho
o mar
Etiquetas: mar
pelos caminhos de cayo carpo
Vem esta conversa a propósito de um contacto recebido já lá vão alguns meses de um artista nortenho que arribou à Oficina na sequência de pesquisas que realizava ácerca das “vieiras” e das “lendas das vieiras”, pesquisa em que iria fundamentar um conjunto de óleos cuja temática lhe pairava no espírito, na imaginação e na inspiração.
Correio electrónico para lá, outro para cá, mais um comentário e algumas palavras e ideias e o nosso pedido: “Um dia que a exposição desses quadros seja aberta ao público muito gostaríamos de estar presentes!”. E assim foi... Um correio electrónico recentemente recebido dava-nos conta da inauguração da exposição subordinada à temática “Pelos Caminhos de Cayo Carpo”. Autor: o artista plástico Paulo Renato Vieira. Galeria: Matos Ferreira (Bairro Alto, Lisboa).

Escreve Paulo Renato no magnífico desdobrável de apresentação da exposição: “Em todos vós há um nobre cavaleiro! Junto com esse nobre cavaleiro, caminha convosco também um escudeiro encarregue da manutenção desta dualidade. O escudeiro monta um burro. O escudeiro clama pelos valores deste mundo, pela terra que gera alimento para a sua prole......”.

Galeria MF (Matos Ferreira) Rua Luz Soriano, 14 e 18 (Bairro Alto) – Lisboa
Patente até 3 de Maio de 2009
Etiquetas: eventos, exposições, pintura
quinta-feira, abril 09, 2009
lua de primavera

despiu-se de pudores, ficou nua
na primavera tem mais cor e encanto
Etiquetas: luar
quem eu sou...
Eu sou saloio do lado materno
Esta designação que muito me honra pois está relacionada com a minha própria origem e com a dos meus antepassados, nem sempre trás consigo uma imagem muito positiva, sendo até muitas vezes usada com intenção depreciativa.
“_És um saloio!” – és um palerma, que te deixas enganar facilmente, pacóvio....
O Saloio tem origem numa etnia arábica vinda de Saleh, na fronteira do Egipto, nos finais do século VIII, para o ocidente da Europa, com muita incidência para um território que faz hoje parte de Portugal.
Estes povos imigrantes miscigenaram-se aos cristãos, à época submetidos ao jugo dos árabes ocupantes, pelo que em breve eles próprios se tornaram moçárabes. Por serem considerados inferiores pelos árabes foram remetidos ao desprezo e relegados para as faixas mais humildes que se dedicavam ao cultivo dos campos dos arredores das grandes urbes estremenhas, particularmente de Lisboa.
É assim que ao natural de Saleh, imigrado nos arredores de Lisboa, chamam “homem do campo”, o Saloio.
A cultura saloia expande-se por toda a Estremadura Portuguesa, mormente, nas regiões de Sintra, Mafra e Cascais, indo até Torres Vedras e mesmo até Óbidos. Para sul abrange a zona sadina de Setúbal, Arrábida, Sesimbra e Cabo Espichel.
Eu sou nómada do lado paterno
Meu avô paterno, mestre sapateiro com oficina posta e aberta ao público, mestre Humberto, oriundo de Campolide, penso que com antepassados da etnia cigana, ainda com alguns vestígios de nomadismo vivido no passado. Era austero, com pendor republicano, patriarca e amigo do seu amigo.
Minha avó paterna, a Ti Joana, peixeira de profissão, a viver nas terras da Venteira vinda da zona de Viana do Castelo, perdera-se de amores pelo mestre sapateiro já em terras da Porcalhota. Ágil no caminhar com a canastra de peixe à cabeça, acabou por se estabelecer com banca no mercado junto à linha férrea.
Em casa o menu principal era sempre baseado no peixe fresco que ficava por vender no mercado da Amadora. Os meus avós sentavam à mesa na refeição do almoço, nesses tempos de dificuldades e penúria, mais de trinta pessoas, entre a prol familiar e os artesãos e aprendizes da oficina.
Etiquetas: perfil
quarta-feira, abril 08, 2009
viva da costa

salta a sardinha de prata "pintada"
é "viva da costa, vivinhaaaaaaaaa"
Etiquetas: artes
novos indicadores de leitura
1 – Pela qualidade extraordinária que encontramos em determinado blogue, de acordo com a nossa avaliação pessoal;
2 – Como reconhecimento aos comentários que são deixados nos posts da Oficina das Ideias;
3 – Em resultado da permuta de indicadores de leitura.
Esta permuta desinteressada de indicadores de leitura é uma das características mais positivas da blogoesfera e de quem a utiliza com espírito construtivo e solidário que coloca acima dos seus pessoais interesses a satisfação dos leitores.
Damos conta, de seguida, de alguns dos mais recentes, solicitando a todos os companheiros da blogoesfera que estando abrangidos pelos critérios referidos não tenham o respectivo indicador de leitura na Oficina das Ideias que nos façam chegar essa informação.
Novos indicadores:
My Travel Secrets, de Maria João (Portugal) – “Antes de escrever e fotografar, a minha alma nómada já me fazia andar de um lado para outro. Fui cigana, por eles “adoptada”, e com eles andei entre 1982 e 86...”
Alcova dos Pesadelos, de Triliti-Star (Portugal) –
Pensamentos, de Moisés (Portugal) – “Apenas sou.../ Um simples caminhante/ Cavaleiro confiante/ Ou um mero pescador/ Das noites trovadoras…/ Mendigo, senhor e amante/ Filho de um universo errante/ Mensageiro do amor/ De anjos sem asas voadoras.”
Casa de Maio, de Maria P. (Portugal) – “Um homem percorre o mundo inteiro em busca daquilo que precisa e volta a casa para encontrá-lo – George Moore”
A Escriba, de Sara Lima (Portugal) – “O Conhecimento é a luz que afasta a escuridão”
Trivialidades e Croquetes, de MagyMay (Portugal) – “Desabafos de quem descobriu que não era perfeita”
Etiquetas: indicadores, oficina
terça-feira, abril 07, 2009
magnífico floral

erguem-se altaneiras e belas
tendo como fundo o aromático jasmineiro
Etiquetas: flores de jardim
na noite saber ouvir
Destino que também poderá ser fado, pois primeiro que o fado nasceu o fadista, como muito bem referiu um sábio destas coisas. Fadista que foi esculpido na luta, luta dura verdadeira entre homens, por um penetrante e belo olhar de mulher.
Homens e mulheres, os melhores, sábios e sabedores... juntaram-se na amizade duma partilha.

José Lúcio, quem não se recorda do seu sótão de instrumentos musicais partilhados em tempos que a televisão valorizava a cultura. Estudioso do fado e da música portuguesa em geral possui importante espólio musical e a melhor colecção de instrumentos musicais, donde sobressaiem as quarenta e oito guitarras portuguesas.
António Bizarro, o melhor produtor e gravador de fado, internacionalmente conceituado e visitado amiúde por cantadores, do Japão à Holanda, que pretendem com ele gravar fado. Dinamizador da música regional tem projectos muito sérios para o ensino das “coisas” que a música contém.

E finalmente... o melhor dos melhores...
O público atento. As pessoas do povo que à roda dos saberes se deliciam a aprender as estórias que a história do fado contém e ouvem em silêncio vozes ora magoadas, logo brejeiras e irónicas, que cantam a vida, a vida de todos nós. O povo que sabe ouvir.
E tantos nomes bonitos que nos encantaram com as vozes e outras sonoridades, entre os quais, João Fernando, Edmundo Silva, Manuel e Fernando Gomes, Maria Amália, Ema, Toia...

Etiquetas: música