domingo, novembro 30, 2008
bela moura

a moura presa de amores
a perdição no além tejo
moura salúquia
Contam os mais velhos, como se de verdade se tratasse, com aquele brilho nos olhos que somente os alentejanos sabem mostrar quando se põem à conversa, que há muitos anos idos, há muitos séculos atrás, quando os mouros por aqui ainda viviam, estava a cidade à guarda de uma bela mulher de nome Salúquia, princesa das terras de Al-Manijah.
Apaixonada por Bráfama, alcaide mouro da vizinha povoação de Aroche, logo trataram de aprazar o matrimónio que decorreria na tradição da moirama e em terras da princesa Salúquia. Coincidiu a ida da comitiva do alcaide mouro para terras de Al-Manijah com o surto de conquista de D. Afonso Henriques em terras do interior do além Tejo, a cargo dos irmãos Álvaro e Pedro Rodrigues.
Da forte peleja entre mouros e cristãos resultou a morte de Bráfama, surpreendido pelas tropas de D. Afonso, o Primeiro. Os vencedores disfarçaram-se com as vestes dos mouros e assim aproximaram-se do castelo, a quem de pronto foram franqueadas as entradas na suposição de que se tratava da comitiva de Bráfama.
Uma vez dentro das muralhas os cristãos lançaram-se sobre os defensores da cidade que facilmente foram derrotados perante tamanha surpresa. Perante o logro em que caiu a princesa Salúquia e ao aperceber-se que o seu amado havia sido morto, lançou-se da torre mais alta do castelo encontrando assim a morte.
Comovidos pela história de profundo amor que terminou em tragédia os cavaleiros portugueses passaram a chamar a Al-Manijah, a terra da moura Salúquia. O efeito do tempo que passa que tudo transforma, perdendo-se muitas memórias, transformou a designação em Terra da Moura e, mais tarde, simplesmente em Moura.
Nas armas da cidade continua a figurar uma moura morta, morta de amor por certo, com a torre do castelo a servir-lhe de fundo, o fundo da estória, da lenda da Moura Salúquia.
[visitámos Moura no dia 27 de Novembro de 2008, dia de Lua Nova]
Para saber mais:
Wikipedia
Portal de Moura
e-libro.net, “A Moura”, de José Penedo de Moura
Etiquetas: lendas, moura, salúquia
sábado, novembro 29, 2008
argola em fundo de granito

tem uma argola na parede
diferentes não no uso de prender as alimárias
Etiquetas: argolas
na senda do “tempo de pedra” 12
na Igreja de Nª Sª da Conceição (antiga Ermida de S. Sebastião das Areias), Conceição - Peniche
O início da construção desta igreja data do ano de 1680 no local da antiga Ermida de S. Sebastião. Tem um magnífico tecto de madeira pintada donde sobressai a imagem de Nª Sª da Conceição. Da estatuária religiosa salienta-se a imagem de Santo António, votivo dos pescadores na altura do casamento. Esta imagem tem ao colo um “Menino Jesus” muito antigo e valioso que por diversas ocasiões foi furtado, tendo sempre sido reposto no respectivo lugar alguns dias depois, sem que pudéssemos recolher a razão do acontecido.



As Sombras do Tempo
Wikipédia
Observatório dos Relógios Históricos de Lisboa
Relógios de Sol, de Nuno Crato, Suzana Metello de Nápoles e Fernando Correia de Oliveira – edição CTTCorreios
“Tempo de Pedra” anteriores:
na Igreja de S. João Degolado, Terrugem, Sintra
na Igreja de S. João Baptista, S. João das Lampas, Sintra
na Capela de Santo António, Carvoeira, Mafra
na Ermida de Nª Sª do Ó, Carvoeira, Mafra
na Igreja de Santo Isidoro, Santo Isidoro, Mafra
na Casa de Sanzim, Sto. Amaro, Guimarães
no Posto de Turismo, Tomar
na Igreja de S. João Baptista, Tomar
na Igreja de Nª Sª do Bom Sucesso, Cacilhas, Almada
na antiga Casa de José Dias, Olho Marinho, Óbidos
na Quinta das Torres, Vila Nogueira de Azeitão, Setúbal
Etiquetas: relógio de sol
sexta-feira, novembro 28, 2008
batente de folhas de loureiro

aqui são folhas de louro coroadas
o simbolismo pagão e religioso
Etiquetas: aldrabas e batentes
que horas são?
“Sempre chegamos ao sítio aonde nos esperam”
Nada mais adequado...
Muito recentemente, fruto das atribulações de um viajante que percorre caminhos na procura de mais saber, no conhecimento de gentes e sítios, chegámos inesperadamente à cidade de Serpa, no Baixo Alentejo, cidade de gente hospitaleira, para uns terra da bela princesa Serpínia, para outros da “alada serpente” símbolo de pagã beleza. Chegámos tarde com o sol de Outono já poente, embora seja sítio de merecer visita tranquila e com tempo pelo muito que tem para nos ensinar.
No nosso subconsciente bailava a visita necessária ao Museu do Relógio, nós que tanto gostamos de poetar o “tempo que passa”, museu nascido do sonho, da vontade e do querer de um homem, António Tavares d’Almeida. Contudo, a hora tardia da chegada tornava difícil realizar esse nosso desejo.
Resolvemos aproveitar o tempo para uma visita à Praça da República, recordámos que por aí haviam passado os nossos amigos Chico Lobo e Pedro Mestre (viola caipira e viola campaniça) aquando do Encontro de Culturas, e às ruas estreitinhas cheias de tradição que dela irradiam.
Passámos à porta do Convento do Mosteirinho onde está instalado o Museu do Relógio desde Abril de 1995, o mais belo e completo do género na Península Ibérica. E a magia aconteceu...

“Sempre chegamos ao sítio aonde nos esperam”
Como se por nós esperasse ali estava à porta do Museu do Relógio a simpática e amável Adélia Palma que de imediato se prontificou a guiar-nos pelos “400 Anos da Relojoaria em Portugal”, embora a hora já fosse tardia. Ficar-lhe-emos sempre gratos pelos caminhos da magia e do encantamento por onde nos conduziu.
De sala em sala, de tema em tema, fomos apreciando largas centenas de peças de relojoaria, muitas das quais fazendo parte do nosso imaginário de vida. Aqui e ali ficávamos um pouco mais de tempo a apreciar uma peça que nos dizia algo mais. O relógio de parede das “escolas do Centenário” que controlou o nosso tempo lectivo durante os primeiros quatro anos de escolaridade, o maior relógio de bolso, o relógio específico para o jogo de golfe, o que era transportado nas diligências ou aquele Omega igual ao que os astronautas levaram à Lua.
A visita havia terminado. Para a Adélia somente poderíamos deixar um beijinho de agradecimento e o desejo de em breve voltarmos.
Depois... quedamo-nos à conversa com o Eugénio d’Almeida, jovem mestre relojoeiro cujo prazer de conversar sobre restauro, sobre contadores de tempo antigos e complicados faz que não haja relógio que controle o tempo que passa. Ficou uma vontade imensa de voltar...
MUSEU DO RELÓGIO
Convento do Mosteirinho (junto à Praça da República) – Serpa
Telefone: (+351) 284543194
www.museudorelogio.com
nota final: já na rua conversávamos entre nós “aquele jovem mestre relojoeiro é com certeza filho do fundador do Museu, António Tavares d’Almeida”; uma consulta ao cartão que nos tinha entregue confirmou termos estado a conversar com o natural seguidor desta tão importante iniciativa cultural.
Etiquetas: museu do relógio, museus, serpa
quinta-feira, novembro 27, 2008
já foi portel mofamede

de origem algo obscura (quiçá muçulmana)
é vigilante das terras de montado
Etiquetas: castelos
ginjinha sem elas
Nos últimos tempos temos sido confrontados, nas conversas que sempre acompanham a degustação da ginjinha, com uma polémica que já se torna recorrente: “a verdadeira ginjinha é a de Alcobaça!”, “ginjinha, ginjinha é a de Óbidos!”. Já não trago à conversa a ginjinha de Sanguinhal, de Espinheira e de tantas outras regiões.
Uma vez mais, o tema foi conversa. Foi troca de confidências e de desabafos. E como estávamos numa “roda de amigos” conseguimos saber um pouco mais sobre o assunto que tem feito correr muita tinta e que traz um pouco confusos os verdadeiros apreciadores da ginjinha.
Dizia quem sabe do assunto: “meu amigo, eu sou produtor de ginja e a minha esposa fabricante da ginjinha, mas ouso afirmar-lhe que a ginja nem é de Óbidos, nem de Alcobaça”. Quando viu o ar de espanto espelhado no meu rosto acrescentou: “nem de Óbidos, nem de Alcobaça... em termos gerais é dos Países de Leste, no concreto maioritariamente da Polónia”.
O que acontece é que a produção de ginja adequada ao fabrico da ginjinha, pequena e ácida, é em quantidade insuficiente para as quantidades fabricadas do licor, além de que os custos de produção, especialmente a colheita são elevadíssimos.
Um jovem agricultor da região de Óbidos há muito que batalha pela obtenção de incentivos para o aumento da área de pomar de ginjeiras, pelo menos para cerca de 10 hectares, enquanto que, por sua conta e risco, procura “inventar” sistemas que ajudem na colheita por forma a baixar os custos finais de produção.
Etiquetas: a nossa opinião, ginjinha
quarta-feira, novembro 26, 2008
passagem para oriente

é fronteira entre mundos e civilizações
logo depois o imenso oriente
Etiquetas: jardim oriental, quinta dos loridos
o mote
Que o sol tinge de doirado
Anuncia os tempos de Natal
Ilumina o bosque encantado
Etiquetas: poesia
terça-feira, novembro 25, 2008
à espera da primavera

as videiras e as árvores de pomar
aguardam que se cumpra o ciclo da vida
Etiquetas: quinta dos loridos, vinhas
o elefante
O elefante fazia sensação pelo seu tamanho, pelo peso e força descomunal que demonstrava durante a sua actuação... Contudo, depois de actuar e enquanto não voltava à pista do circo o elefante ficava preso unicamente com uma corrente ligada a uma pequena estaca cravada no solo.
Estranhava que uma pequena estaca e uma frágil corrente mantivessem preso um animal capaz de derrubar uma frondosa árvore somente com a sua força. Qual a razão que essa força não era utilizada para arrancar a corrente e fugir?
Perguntei a muitas pessoas mas sempre me davam justificações pouco convincentes. Diziam-me muitas vezes que não fugia por estar amestrado. Mas se estava amestrado qual a razão para o prenderem? Nunca me deram uma resposta coerente e esta dúvida acabou por ficar submersa no baú das memórias.
Um dia a vida vivida deu-me a resposta a esta questão. “O elefante do circo não fugia pois havia estado preso a uma estaca semelhante desde muito jovem”. Cerrei os olhos e imaginei o pequeno elefante preso por uma corrente e um estaca. Por certo, nessa altura, o elefante esforçou-se, tentou soltar-se e não conseguiu. No dia seguinte nova tentativa sem êxito. E no dia seguinte. E no outro... A estaca era nessa época muito forte para ele.
Até que um dia, um terrível dia na sua vida, o animal aceitou a sua impotência e resignou-se ao destino.
O elefante agora enorme não foge porque pensa que NÃO PODE. Tem registada na memória a recordação da sua impotência e jamais voltou a questionar esta situação. Jamais voltou a tentar por à prova a sua força para se libertar da prisão da corrente e da estaca.
Cada um de nós somos um pouco como este elefante. Percorremos a vida com estacas (preconceitos) que nos limitam a liberdade. Vivemos crendo numa série de coisas que “não podemos”, simplesmente porque alguma vez tentámos e não pudemos. Gravamos nas nossas recordações: “Não posso!”. “Não posso e nunca poderei!”.
A única forma de saber a verdade, é tentar de novo...
Na estante de leitura da Oficina das Ideias:
A Viagem do Elefante, de José Saramago
Editorial Caminho, Outubro de 2008, 258 páginas
Etiquetas: ler escrever contar
segunda-feira, novembro 24, 2008
alegoria às vindimas

deus das antigas bacantes, sibilas e vestais
progenitor da raça lusa
Etiquetas: estatuária, quinta dos loridos
oficina das ideias diz presente
Por análises que temos vindo a fazer de forma algo sistemática poderemos afirmar que uma percentagem significativa tem por objectivo a procura de imagens ou de textos temáticos através de diferentes motores de busca.
Não admira pois que uma pesquisa no Google com a utilização de um substantivo, especialmente se ligado à cultura popular portuguesa ou ao nosso património real e imaterial, tenha como resultado diversas entradas em texto e em imagens que apontam para trabalhos da Oficina das Ideias, e contribuições do nosso amigo/irmão/gémeo “Olho de Lince”.
Por outro lado, são muitas as nossas imagens e até citações de texto que são utilizadas em diversos blogues um pouco por todo o Mundo, a maioria citando a origem, mas em muitos casos, lamentavelmente, não o fazendo, como seria eticamente correcto.
Acontece também sermos muitas vezes contactados via correio electrónico com pedidos de permissão para utilizar “coisas” nossas o que sempre tem resposta afirmativa, até porque com isso nos sentimos reconhecidos e honrados.
Ainda há muito pouco tempo recebemos um correio electrónico que dizia assim:
“Ora viva! O meu nome é Sérgio Barroso e estou a preparar uma publicação sobre Jogos Tradicionais. A equipa que coordeno andava a pesquisar por jogos quando nos deparamos como o vosso site. Muitos parabéns pelos conteúdos e pela bela galeria das riquezas do nosso país! Gostamos particularmente das fotos Desgarrada, que vamos enquadrar na nossa publicação. Gostaríamos de perguntar se seria possível usarmos a foto que ali se encontra de Ponte de Lima, peso eu, na nossa publicação. Se o achar possível, e se tiver ainda consigo o registo de melhor qualidade, será que nos podia enviar essa foto por mail? Aguardamos a sua (esperamos positiva) decisão. Muito obrigado. Sérgio”
A única contrapartida que solicitamos é que, sempre que possível, nos envia um exemplar da respectiva publicação.
Etiquetas: oficina
domingo, novembro 23, 2008
batente oriental

sobre talha oriental
arte milenar
Etiquetas: aldrabas e batentes
simulacro de emergência, encenação e logro
e
“Em situação da cataclismo os hospitais deixam de ter capacidade de comunicar entre si”
são duas citações retiradas dos jornais diários a respeito do simulacro de emergência, em situação de terramoto, o de maior dimensão e abrangência jamais realizado em Portugal.
Aliás, fazendo uma leitura cuidada aos órgãos de informação e aos relatórios resultantes deste simulacro poderemos concluir que muitos outros aspectos falharam nos seus objectivos, embora consideremos que os mais determinantes são os que dizem respeito às comunicações de emergência e, consequentemente, à coordenação.
Nada que nos surpreenda, pois o mesmo tem acontecido em exercícios anteriormente realizados, mesmo que com um âmbito mais restrito, embora sejam sempre preparados e ensaiados com grande antecedência.
Este exercício envolveu elevados custos, na ordem das largas centenas de milhares de euros, mas não passou de um logro, uma necessidade de mostrar serviço, com a agravante de cada entidade querer mostrar que é mais eficaz do que a outra, não tendo sequer atingido o simples objectivo de deixar as populações mais tranquilas.
Duma ineficácia tremenda apresentou a vista de todos aspectos extremamente caricatos, diria mesmo autênticas “palhaçadas” de encenação, como foi o caso de os meios de socorro se encontrarem estacionados a escassas centenas de metros do local onde se iria verificar a situação de emergência muito antes do respectivo alarme ter sido dado.
Quanto às radiocomunicações de emergência da protecção civil no terreno é por demais reconhecida a sua ineficácia, pese os elevados investimentos realizados, sempre com pompa anunciados, inclusive utilizando o recurso a comunicações via satélite.
Situações reais de emergência, como foi o caso da catástrofe dos Açores e dos fogos florestais em ..., somente para citar acontecimentos recentes, mostraram à evidência falhas graves nas comunicações, colocando em grande risco as populações e bens. Recordo as palavras de um pároco açoreano que lamentava a falta que as radiocomunicações de amadores, especialmente a Banda do Cidadão tinham feito para resolver esse problema.
Perante todos estes factos sempre me vem à memória a eficácia das radiocomunicações de todos, da banda dos 11 metros, da Banda do Cidadão aplicada às emergências, onde a modéstia dos equipamentos de baixo custo era superada pelo envolvimento humano e solidário dos seus operadores.
Nota: No ano de 1987 o Caparica CB em colaboração com os Bombeiros Voluntários do Concelho de Almada (Almada, Cacilhas e Trafaria), com a Cruz Vermelha Portuguesa (Cova da Piedade) e com o Parque de Campismo Piedense realizou um grande simulacro de emergência, designado “Eco Papa Charli” (Emergência num Parque de Campismo), utilizando como base de radiocomunicações a Banda do Cidadão, com resultados assinaláveis a que a imprensa da época deu importante relevo.
Etiquetas: cb em acção, protecção civil
sábado, novembro 22, 2008
oiro sobre azul

tomam a cor da terra e do oiro
para nosso encantamento
na senda do “tempo de pedra” 11
na Quinta das Torres, em Vila Nogueira de Azeitão - Setúbal
A construção desta quinta seiscentista, ao estilo arquitectónico do Renascimento Italiano, desenvolveu-se segundo um quadrilátero com um torreão em cada ângulo. No centro, um amplo pátio a céu aberto. Embora a forma acabada desta quinte date de cerca de 1570, existem registos da sua oferta por D. Brites de Lara, Marquesa de Vila Real e senhora da Quinta da Bacalhoa (vizinha da Quinta das Torres) em 1521 a D. Maria da Silva e seu marido D. Pedro Eça, como presente de casamento. O seu actual proprietário é João Aires, estando instalada na quinta uma estalagem de charme.



As Sombras do Tempo
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Relógios de Sol, de Nuno Crato, Suzana Metello de Nápoles e Fernando Correia de Oliveira – edição CTTCorreios
Quinta das Torres
“Tempo de Pedra” anteriores:
na Igreja de S. João Degolado, Terrugem, Sintra
na Igreja de S. João Baptista, S. João das Lampas, Sintra
na Capela de Santo António, Carvoeira, Mafra
na Ermida de Nª Sª do Ó, Carvoeira, Mafra
na Igreja de Santo Isidoro, Santo Isidoro, Mafra
na Casa de Sanzim, Sto. Amaro, Guimarães
no Posto de Turismo, Tomar
na Igreja de S. João Baptista, Tomar
na Igreja de Nª Sª do Bom Sucesso, Cacilhas, Almada
na antiga Casa de José Dias, Olho Marinho, Óbidos
Etiquetas: relógio de sol
sexta-feira, novembro 21, 2008
uma esplanada na história

juntam-se amigos a contar estórias
são as estórias da história
Etiquetas: guimarães
bookcrossing, a arte de partilhar livros
O mesmo acontece, na minha modesta opinião, com os livros, mesmo que estejam repetidos nas estantes onde os guardamos, e tantas vezes por variadas razões isso acontece, quer porque o seu conteúdo não nos agrada, quer mesmo por se desenquadrar das nossas ideologias políticas, sociais, de vida.
Se temos necessidade de dos desfazermos de uma quantidade importante de livros, porque não oferecê-los a uma biblioteca? por exemplo na Junta de Freguesia, ou a uma entidade de solidariedade social? Daremos, assim, continuidade a razão de existir de um livro: ser lido.
Existem sistemas e mecanismos, muitos do quais com o recurso às tecnologias emergentes, com a utilização dos quais poderemos transformar um livro de uma peça individual e individualista num bem comum sem limitações, sem fronteiras.
O “bookcrossing” é a prática de deixar um livro num local público, para ser encontrado e lido por outros, que continuarão esta corrente. O objectivo do “bookcrossing” é transformar o mundo inteiro numa biblioteca. Os membros desta comunidade de leitores virtuais (e que não conhece limites geográficos) possuem um sentimento de partilha tão grande que não se importam de libertar os seus próprios livros em locais públicos (tais como cafés, no metro e outros transportes públicos, paragens de autocarro, bancos de jardim e noutros sítios que a imaginação ditar), em vez de os manterem parados nas estantes para que o maior número de pessoas os possam ler, tornando desta forma o acesso à cultura e especificamente à leitura verdadeiramente universal. [in Wikipedia]
Para saber mais sobre “bookcrossimg” ir a Bookcrossing Portugal.
Etiquetas: bookcrossing, livros
quinta-feira, novembro 20, 2008
sinos e arcos

é o som dos tempos feito fé
são histórias que as pedras contam
Etiquetas: guimarães
banho-maria, que maria?
No decorrer dessas leituras surgiu nos nossos apontamentos o termo da culinária “banho-maria” mas confrontado com uma interpretação de conteúdos histórico, esotérico e alquimista. Na verdade, estudava-se a origem do termo tão vulgarizado na língua portuguesa de “banho-maria” mas sem que se saiba, na maioria dos casos, qual a sua origem, ou a que facto é atribuída essa origem.
Acontece com alguma frequência que se ligam determinados nomes à cultura e religião cristã, quando, na verdade esses nomes têm origem muito mais remota, muitas das vezes origens pagãs. Acontece com Fátima, que sendo a quinta filha de Maomé é, igualmente, o nome atribuído a Nª Sª de quem se pressupõe a aparição na Cova da Iria.
Também quando se fala de Maria pensamos de imediato na Virgem Maria, mãe de Jesus Cristo, Nª Sª que vai recebendo as diversas designações de acordo com a devoção. Poderíamos se levados a pensar que esse nome cristão teria alguma relação com o referido “banho-maria”. Na realidade, assim não é.
Maria, a Egípcia, ou Maria, a Judia, ou Maria, a Profetiza, ou Mirian, irmã de Moisés foi uma famosa filósofa e alquimista grega que viveu no Egipto cerca de 279 a.C.. Maria terá usado o enxofre como meio de calcinar o cobre para obtenção a partir dele do oiro.
De entre as diversas invenções atribuídas a Maria figura a forma de aquecer lenta e gradualmente as substâncias que pretendia manipular não o fazendo através do fogo directo, antes, utilizando a água como meio equilibrador do aquecimento. Sempre que a temperatura da substância aquecida ultrapassava os 100 graus centígrados havia uma libertação através da água em ebulição do calor, transformando-a em vapor de água, e assim mantendo a temperatura. A este modo de aquecimento chama-se ainda hoje “banho-maria”.
Etiquetas: curiosidades, tradição
quarta-feira, novembro 19, 2008
colorido da natureza

de cor e vida
a energia em seu esplendor
Etiquetas: borboletas
entre o tejo a adiça
Que fica entre o Tejo e a Adiça
Aroma de maresia que enfeitiça
No cântico de uma ondina irreal.
Barbárico promontório espreguiça
No mar tormentoso, mas leal
Procura o equilíbrio e o ideal
No Monte da Lua encontra justiça
Foi neste espaço de sol, nesta praia
Que gentes de norte a sul arribaram
Encontrando colo e o bem querer
Transformaram em barco a alfaia
Amantes do mar lavrá-lo ousaram
E com ele erigiram o amor e o viver.
Etiquetas: poesia
terça-feira, novembro 18, 2008
redes de cerco

de cerco e de sonho sentido
de uma boa faina e regresso seguro
caminhei o sonho...
Onde a areia acaricia a base da falésia,
Terras de fantasia e rituais
Que transformam grãos de areia
Em pepitas de fulgente metal.
Áurea magia, alquimia.
Caminhei para lá de terras d’Apostiça
Albufeira onde o mar se recolhe e purifica,
Aves nidificam tranquilas
Enriquecem a fauna com beleza
De seus voos e sons de encantar.
Noite e dia, nostalgia.
Caminhei até ao Promontório
Barbárico pela rudeza do oceano agreste.
Na lenda da Pedra Mu
Converge o homem de Alcabideche
Com a devoção da mulher da Caparica.
Mar meu guia, maresia.
Sonho feito realidade no meu sentir
De caminheiro amante do Grande Areal.
Dádiva maior concedida
De ter o enleio de teu belo corpo
Teus seios que se agitam de emoção.
Depois acalmia, magia.
Etiquetas: poesia
segunda-feira, novembro 17, 2008
esplendorosa arquitectura

caminhamos de surpresa em surpresa
como este magnífico edifício
Etiquetas: edifícios, guimarães
o verão que se espraia pelo outono
Ainda apetece preguiçar nas esplanadas cujos proprietários têm, assim, um complemento inesperado para os seus rendimentos da época alta e que tão necessários são para compensar a penúria da época invernosa que se avizinha. Os estrangeiros que resolveram prolongar a sua estadia nas terras do Sul sentem-se deveras compensados pelo seu atrevimento. Mais uma reserva de Sol que levam para os seus países de origem.
Os mais pequenos brincam alegremente nos jardins e nas zonas pedonais, livres do perigo do trânsito automóvel e do enchumaçado dos agasalhos de Inverno que ainda não se tornaram necessários atendendo às temperaturas amenas com que estamos a ser brindados.
Quem também vive intensamente a euforia deste Verão que se prolonga, que se estende com langor, Outono dentro rumo ao Inverno dos calendários, é a passarada, esvoaçando de galho em galho das árvores de folha perene, chilreando com vivacidade numa imensidão se sons que impregnam o ar como se de música de Mozart se tratasse.
Com estas condições climatéricas o que tarda é a chegada do “espírito de Natal”. Não o da tradição, recordo-me que o presépio e a árvore de Natal só eram instalados na casa de meus pais no primeiro fim-de-semana de Dezembro, mas o das grandes áreas comerciais que mal Novembro começou já trataram de instalar toda a luminária que apela ao consumo da época natalícia.
Falta a chuva, falta o frio para que as famílias se juntem à volta da lareira com muito pouca vontade de abandonar o remanso do lar. Quando tal acontecer as brincadeiras dos miúdos serão diferentes, os passarinhos procurarão proteger-se em zonas resguardadas, os cânticos serão outros, serão cânticos de Natal.
Etiquetas: tempo que passa
domingo, novembro 16, 2008
arriba fóssil

mar azul com laivos de esverdeado
que contrasta com o seu doirado
Etiquetas: arriba fóssil, costa de caparica
viajar na procura do saber
Com o desenvolvimento através dos tempos dos meios de transporte, desde o caminhar com a seu próprio querer e vontade, passando pela ajuda da força animal e o recurso ás dádivas da Natureza, até aos tempos modernos com grandes avanços tecnológicos que leva o ser humano a deslocar-se, cada vez com maior facilidade, por terra, pelo mar e pelo ar, foi realizando o seu desígnio.
A partir da segunda metade do século passado, viajar transformou-se numa moda, passou a representar mesmo parâmetro importante para o desenho do respectivo estatuto social. Mas ficou em muitas circunstâncias vazio de conteúdo. A posição do viajante passou a centrar-se no sentimento de “invasor”, usufruir de paisagens maravilhosas e de climas agradáveis. Quase que passou para segundo plano as gentes locais.
Temos a actividade turística em todo o seu esplendor. Mercantilista, lesiva das culturas locais, ignorando-as na maioria das vezes. Perdeu-se a noção de viajar em troca de “fazer turismo”. O objectivo primeiro passou a ser “usar”, olvidando-se o “conhecer”.
Não queremos, nem devemos, contudo, generalizar. Ainda existe no espírito de muitos o desejo de visitar para conhecer, de conversar como partilha, de aprendizagem permanente com as gentes de culturas diversas. Esses são os verdadeiros viajantes. E quantas vezes nem é necessário realizarem-se deslocações de milhares de quilómetros.
Etiquetas: caderno de viagens
sábado, novembro 15, 2008
catavento

prestes a fazer-se ao mar
catavento da faina diária
Etiquetas: gaivotas
na senda do “tempo de pedra” 10
na antiga Casa de José Dias, em Olho Marinho – Óbidos
Esta casa senhorial com uma enorme quinta anexa pertenceu a João Dias que deixou de herança ao seu filho José Dias. Após o falecimento deste último a quinta foi vendida a gente que não é originária de Olho Marinho. Contam os mais velhos que segundo a tradição nestes aposentos terá pernoitado a Dona Inês de Castro, quando aqui se deslocava para usar as águas termo-medicinais para tratamento de seus males. A quinta é murada, sendo que o muro a oriente dá para a nascente do “olho marinho” agora seco e para o largo da Igreja Matriz.



As Sombras do Tempo
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Observatório dos Relógios Históricos de Lisboa
Relógios de Sol, de Nuno Crato, Suzana Metello de Nápoles e Fernando Correia de Oliveira – edição CTTCorreios
“Tempo de Pedra” anteriores:
na Igreja de S. João Degolado, Terrugem, Sintra
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na Capela de Santo António, Carvoeira, Mafra
na Ermida de Nª Sª do Ó, Carvoeira, Mafra
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na Casa de Sanzim, Sto. Amaro, Guimarães
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Etiquetas: relógio de sol
sexta-feira, novembro 14, 2008
passarito

no atribulado esvoaçar
na procura de uma semente para alimento
Etiquetas: candeeiros
prémio dardos (2)

“Fica claro (expressamente afirmado e dito!) que as minhas escolhas para os “Prémios Dardos” têm na base relações de amizade, proximidade ou identificação. Sou humano como os demais e, na teia de relações na net, gosto, quero, apaixono-me... Tudo é portanto subjectivo. E ainda bem!”
Esta distinção tem para nós tanto mais valor quanto desde há muito que apreciamos o trabalho do radialista e jornalista Rui Dias José na defesa da cultura popular, das terras e das gentes de Portugal, da lusofonia e do correcto uso da língua portuguesa.
No âmbito do blogue Café Portugal tem promovido os chamados “Passeios dos Jornalistas” que além da partilha de muitos saberes na blogoesfera tem trazido a cultura popular, o património real e imaterial para as primeiras páginas da informação especializada em Portugal e além-fronteiras.
O “Prémio Dardos” tem por objectivo "reconhecer o empenho que cada blogueiro ao transmitir valores culturais, éticos, literários e pessoais, e que demonstram a sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre as suas palavras”. Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que acrescente valor à Internet.

Exibir a imagem do prémio no respectivo blogue;
Indicar a ligação ao blogue do qual recebeu o prémio;
Escolher quinze (15) outros blogs aos quais entregará o Prémio Dardos (escolhas já efectuadas e divulgadas no passado dia 10 de Novembro).
quinta-feira, novembro 13, 2008
esta lua novembrina

recomenda cava funda
para bem colher em janeiro
Etiquetas: luar
os amigos são assim
Juntam letras e palavras
Formam linhas versejantes
Compõem poemas afim
Rimas difíceis que lavras
Em toadas tão vibrantes.
Os amigos são assim
Na alegria e na festa
São sempre companhia
Para pores no varandim
Oferecem uma giesta
A flor da harmonia.
Os amigos são assim
Nos maus momentos de dor
Braço firme, ombro amigo
Disponíveis alecrim
Perfumam com amor
Criam eterno abrigo.
Os amigos são assim
Percorrem longos caminhos
Do querer e do sentir
Lado a lado no jardim
Mil flores e cheirinhos
Esperança no devir.
Etiquetas: poesia
quarta-feira, novembro 12, 2008
janela de cunhal

tem mais vistas esta janela
e tão original que é
Etiquetas: janelas
comentários que são poemas
Os que hoje aqui figuram debaixo das luzes fortes dos projectores de palco simbolizam o agradecimento e homenagem a todos os outros que neste tempo aqui não são citados.
“Fez-me lembrar os meus tempos de menina, em que se organizavam aqueles magustos enormes, com as castanhas a saltar (as quem propositadamente, não se retalhavam). Era tão bonito! Felizmente que ainda há pessoas que não deixam morrer essa linda tradição."
[Mariazita, do A Casa da Mariquinhas]
“Mais uma lição de jornalismo ao vivo e de defesa dos nossos valores colectivos”
[Vítor, do Des-encantos]
“Obrigado meu Querido Victor, do coração. Ser visita desta Oficina já é prémio grande, grande. Ter-te como amigo da Árvore desde que era uma pequena raiz é superlativo”
[Gasolina, do Árvore das Palavras]
Etiquetas: oficina
terça-feira, novembro 11, 2008
embarcar redes

"a união faz a força"
trabalho coordenado de embarcar redes
Etiquetas: pesca
no dia de s. martinho vai à adega e prova o vinho
Nos meios rurais terminaram os trabalhos agrícolas, sendo tempo de aproveitar das colheitas, dos frutos e do vinho, sendo época de exuberância familiar e comunitária, época de folgar, com uma ajuda a propósito do delicioso néctar. Nos folguedos de Outono, junta-se o religioso ao pagão que da tradição tem muito peso. O vinho vai correr solto gargantas abaixo.
Se já fez frio, nas terras mais serranas, então a água-pé, elaborada com o destino do S. Martinho festejar, já poderá ser devidamente apreciada. Caso contrário, há sempre o recurso à jeropiga e ao abafadinho. As vitualhas da tradição são as sardinhas, que já não pingam no pão, e quantas vezes não são das de conserva de salmoura em barrica, e as castanhas, assadas, cozidas com erva doce e as “quentes e boas”, assadas no forno sem qualquer corte.
A lenda de S. Martinho tem mais a ver com as condições climatéricas da época, o chamado Verão de S. Martinho, do que com as comezainas que lhe estão associadas. Conta a lenda...
Num dia tempestuoso regressava Martinho, valoroso soldado romano, à sua terra natal, montado a cavalo e agasalhado com uma pesada capa usada pelo exército de Roma. Na curva de um caminho deparou-se com um mendigo quase nu, tremendo de frio, enregelado, que lhe estendia a mão suplicante. Martinho sem hesitar parou o cavalo, e não tendo qualquer outro recurso disponível, rasgou a sua própria capa de militar, cedendo parte ao mendigo para que se cobrisse e protegesse. Subitamente, a tempestade desfez-se, o céu ficou límpido e um sol de Verão inundou a terra de luz e calor, e para que para sempre se recorde esta atitude do soldado Martinho, todos os anos, nessa mesma época, cessa por alguns dias o tempo frio e o céu e a terra sorriem com a benção dum sol quente e miraculoso. O soldado foi mais tarde canonizado como S. Martinho.
O costume do Magusto, que tradicionalmente começava no Dia de Todos-os-Santos, é simultaneamente uma comemoração pagã da chegada do Outono e um ritual de origem religiosa: o dia do Santo Bispo de Tours, S. Martinho.
A água pé é o resultado da água lançada sobre o mosto retirado do mosto vínico para o objectivo concreto de produzir esta bebida que pode ser consumida em plena fermentação. Por isso, reza o ditado popular: "No dia de S. Martinho vai à adega e prova o vinho”.
Quanto às celebradas castanhas, assadas com sal grosso, de preferência da salga do toucinho, cozidas com erva doce, “quentes e boas” assadas no forno sem qualquer corte, secas tornando-se “piladas” e utilizadas depois de bem demolhadas, acompanhando em puré outros preparos, ou servindo uma sopa aveludada e cremosa, o consumo de castanhas estende-se de finais de Setembro até ao início da Primavera.
Alguns ditos populares alusivos às castanhas e ao S. Martinho:
Dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho
Pelo S. Martinho, prova o teu vinho, ao cabo de um ano já não te faz dano
Pelo S. Martinho mata o teu porco e bebe o teu vinho
Pelo S. Martinho semeia favas e linho
No dia de S. Martinho fura o teu pipinho
O Verão de S. Martinho é bom mas é curtinho
A castanha tem uma manha, vai com quem a apanha.
Ao assar as castanhas, as que estouram são as mentiras dos presentes.
Cada mocho no seu souto.
Castanha que está no caminho é do vizinho.
Castanhas do Natal, sabem bem e portem-se mal.
Do castanha ao cerejo, mal me vejo.
Em Maio comem-se as castanhas ao borralho.
No dia de S. Martinho, há fogueiras, castanhas e vinho.
Na família da castanha o pai é pingão, a mãe é raivosa e a filha é amorosa.
Festejar o S. Martinho na boa companhia do Baco e do Agostinho (o de Viena pois claro) resulta sempre numa degustação ímpar. Aqui ficam algumas quadras de "pé quebrado", inéditas e populares, que o pessoal da Oficina das Ideias deseja convosco partilhar:
S. Martinho não se cansa
De alegrar o Zé Povinho
Quando Baco entra na dança
E prova um copo de vinho
É dia de S. Martinho
Almada vai festejar
Abre a adega e prova o vinho
Que aroma! Que paladar!
Com tantos anos vividos
S. Martinho ao acordar
Desperta os cinco sentidos
E vem o vinho provar
No dia de S. Martinho
A tradição em Almada
Na adega prova o vinho
E castanha bem assada
No dia de S. Martinho
P’ra celebrar com amigos
Da adega vem o vinho
Castanhas, nozes e figos.
E agora... o Natal está à porta. Como diz o nosso Povo: "dos Santos até ao Natal, é um saltinho de pardal!"
Etiquetas: cultura popular, são martinho, tradição
segunda-feira, novembro 10, 2008
o tempo que passa

as "avé-marias", o sol e a mecânica
(imagem dedicada ao blogue A Aldraba)
Etiquetas: relógios, tempo que passa
prémio dardos

O Prémio 15 Dardos é um méme que neste momento está a ser atribuído em diversos países, quer na língua portuguesa, quer em inglês e francês. Em inglês já o designam por “Premio Dardos Award”!!!!. Uma simples pesquisa no Google aponta-nos 521.000 (quinhentas e vinte e uma mil) entradas para este tema. Este prémio terá sido criado na Catalunha, Espanha por um blogue que já foi retirado do Blogspot.com.

As normas básicas que regem a atribuição do Prémio 15 Dardos são:
Exibir a imagem do prémio no respectivo blogue;
Indicar a ligação ao blogue do qual recebeu o prémio;
Escolher quinze (15) outros blogs aos quais entregará o Prémio Dardos.
A Oficina das Ideias agradece a A Aldraba a distinção concedida e envia os 15 dardos para:
Bailar das Letras
Cor de Dentro
Sindrome de Estocolmo
Traduzir-se...
Árvores das Palavras
Maçã de Junho
A Casa da Mariquinhas
Alguém me disse
Ao Rodar do Tempo
A Ver o Mar
Cantares de Amigo
Instantes de Vida
Médio Tejo
O Jardim da Aspásia
Etiquetas: oficina
domingo, novembro 09, 2008
sinfonia de vitrais

a que a luz do sol dá beleza e realce
a sinfonia dos vitrais
viver a tradição na aldeia
Enquanto na cozinha se aprontava uma saborosa salada de alface e de tomate e da adega chegava o tinto vinho que ousava chegar aos catorze graus, febras já assadas e resguardadas para não perder a quentura adequada, as castanhas “bailavam” num assador de ferro que em tempos descera até ao sul vindo de terras de Trás-os-Montes.
As castanhas assim assadas, sem sequer terem sido golpeadas na casca, iriam ficar saborosas e macias, dentro da própria casca que as estufaria e entufaria, delícia das delícias para os mais exigentes paladares.
À comezaina não faltaram os “vivas!” e as “saúde!” mas sem ter sido necessário acender as lareiras pois o calor humano, feito da amizade e do bem querer, aquecia o ambiente como o São Martinho sempre desejou, mesmo quando muito frio passou, e era razão de se emborcar mais um copinho, que este tinto é matreiro.
Às tantas com a noite a caminhar os aldeões que são poetas quiseram ligar a tradição do São Martinho das castanhas e da água-pé, das nozes e das passas de uva, ao que de mais genuíno tem o ser humano: o Amor. E logo ali em passo de magia, com um poema, ditos populares e evocações da tradição entraram em função noivos que presentes se faziam e aconteceu a magia: pedido público de noivado... felicidade desejada!!!
A festa agora é o cantar e o bailar e para isso, nesta terra de cultura, fez-se presente o Grupo de Danças e Cantares dos Professores de Almada... e bailou-se até às tantas.
[sentires durante o Magusto realizado pela Cooperativa Aldeia Lar, ali para as bandas da Sobreda, no Concelho de Almada]
Etiquetas: aldeia lar, tradição
sábado, novembro 08, 2008
ferragens de tradição

utilitárias
no aumento da segurança
Etiquetas: ferragens, imaterial, património
na senda do "tempo de pedra" 9
na Igreja de Nossa Senhora do Bom Sucesso, em Cacilhas –Almada
Esta igreja ao estilo pombalino, resulta da reconstrução pós-terramoto de 1775 (cerca de 1759) onde existia anteriormente um templo vocativo de Santa Luzia. Encontra-se ligada à tradição de que aquando do terramoto d 1755 e quando o maremoto dele resultante ameaçava perigosamente a povoação, os pescadores terão ido até à beira-rio com uma pequena imagem da padroeira modestamente moldada em terracota e que terão feito as águas recuarem. É um templo de dupla torre sineira forrada até cerca de um terço da altura de azulejos branco e azul.




As Sombras do Tempo
Wikipédia
Observatório dos Relógios Históricos de Lisboa
Relógios de Sol, de Nuno Crato, Suzana Metello de Nápoles e Fernando Correia de Oliveira – edição CTTCorreios
“Tempo de Pedra” anteriores:
na Igreja de S. João Degolado, Terrugem, Sintra
na Igreja de S. João Baptista, S. João das Lampas, Sintra
na Capela de Santo António, Carvoeira, Mafra
na Ermida de Nª Sª do Ó, Carvoeira, Mafra
na Igreja de Santo Isidoro, Santo Isidoro, Mafra
na Casa de Sanzim, Sto. Amaro, Guimarães
no Posto de Turismo, Tomar
na Igreja de S. João Baptista, Tomar
Etiquetas: relógio de sol
sexta-feira, novembro 07, 2008
azulejos 1

marcam uma época, uma moda
são memórias do tempo
Etiquetas: azulejos
esta noite dança-se o fado
A sexta-feira é o dia da semana em que normalmente se ouve o Fado... porque não dançá-lo?

Etiquetas: curiosidades, fado
quinta-feira, novembro 06, 2008
gaivotas na praia

do regresso da pesca das artes
refeição prometida e desejada
Etiquetas: gaivotas
vinte e sete versos + 27
Alvorecer
Melancólico alvorecer
De outonal sentir
Dos doirados e castanhos
Das azeitonas negras
Das vinhas vindimadas
Parras encarquilhadas
Veredas
Da vida percorrida
Passado o tempo
Que não perdido
Na vida com sentido
Ontem
Sol poente tingido
De vermelho
Hoje é a romã que pinta
Dependurada
Na árvore do sonho
Sonho alado
Por montes e vales
E pelo oceano
Percurso repetido
Na lareira perdido
No aroma da erva-doce
Na saborosa jeropiga
Que amacia a voz
Para mais uma canção... de AMOR
o contraponto...
de Amor?
De amor se tinge o coração
De vermelho
De paixão
Que é renascer
Ao som metálico do banjo
Tocado em contraponto
Porque a guitarra maviosa
Ecoa nos campos
Nos olivais
Nos vinhedos
Mais além os castanheiros
Verde feito castanho
Desejo tamanho
Caminho sentido
No sonho ganho
Logo perdido
Escolho vencido
Raio de sol
Coado pela amarelada folhagem
Na curva da vereda
Sentido do poente
Hoje diferente
Depois renovado
Como é dos tempos
Passados vividos
De boa memória.
Etiquetas: poesia
quarta-feira, novembro 05, 2008
uma flor para... a ligia

te desejo as maiores venturas
tudo de muito bom como mereces
Etiquetas: flores de jardim, parabéns
há 64 meses nos caminhos da blogoesfera
Como habitualmente fazemos questão de mensalmente fazer, reafirmamos o nosso estatuto editorial da primeira hora: “textos e imagens próprios e originais, a temática da cultura de um Povo e da defesa da região da Praia do Sol e desenvolvimento dos afectos e do muito querer”.
Continuamos a contar com o empenhamento do nosso “amigi/irmão/gémeo fotógrafo” Olho de Lince que com as suas imagens anima os nossos textos, muitas das vezes bem modestos.
As visitas atingiram a cifra de 582.288 (segundo o “SiteMeter”) e de 639.092 (de acordo com o “NeoCounter”), sem a correcção resultante dos dados dos registos anteriores, com origem em 152 países dos 199 existentes, com dois novos países a visitarem-nos – Nova Caledónia e Trinidad & Tobago. A média de visitas na última semana foi de 407/dia. No “top 5” estão o Brasil com 316.308, Portugal com 258.211, a Espanha com 10.375, os EUA com 9.919 e a França com 5.308 visitas.
Um agradecimento especial a Blogger.com/Blogspot.com onde editamos e alojamos a Oficina das Ideias desde a primeira hora.
Quadro de Honra
Gasolina, do Árvore da Palavra (Portugal)
Gwen, do A Cantora (Brasil)
Carla, do Palavras em Desalinho (Portugal)
Alves Fernandes, de O PreDatado (Portugal)
MFC, do Pé de Meia... (Portugal)
Mariazita, do A Casa da Mariquinhas (Portugal)
VictorN, do Des-Encantos (Portugal)
Raquel, do Sex Appeal (Brasil)
Ibag, do Ibagitnemitnes (Portugal)
Lila (Portugal)
James Emanuel, do Reflexões (Brasil)
Guida Alves (Portugal)
Menina do Rio, do Momentos de Vida (Brasil)
Elisa, do Fardilha’s (Portugal)
A TODOS o nosso MUITO OBRIGADO!
Etiquetas: oficina
terça-feira, novembro 04, 2008
solitários e belos

em tamanha companhia
coisas do outono, que passam na primavera
Etiquetas: flores de jardim
vinte e sete versos
Melancólico alvorecer
De outonal sentir
Dos doirados e castanhos
Das azeitonas negras
Das vinhas vindimadas
Parras encarquilhadas
Veredas
Da vida percorrida
Passado o tempo
Que não perdido
Na vida com sentido
Ontem
Sol poente tingido
De vermelho
Hoje é a romã que pinta
Dependurada
Na árvore do sonho
Sonho alado
Por montes e vales
E pelo oceano
Percurso repetido
Na lareira perdido
No aroma da erva-doce
Na saborosa jeropiga
Que amacia a voz
Para mais uma canção... de AMOR
Etiquetas: poesia
segunda-feira, novembro 03, 2008
arco monumental

alcança o olhar muitos outros
um esplendor de construção em pedra
Etiquetas: aqueduto dos pegões
a origem do símbolo @ “arroba”
Foi assim que surgiu o til (~), para substituir uma letra ( um "m" ou um "n") que nasalizada a vogal anterior. Se repararem o til é um enezinho sobre a letra.
O nome Francisco em espanhol, que também era grafado "Phrancisco", ficou com a abreviatura "Phco." e "Pco". Daí foi fácil Francisco ganhar em espanhol o diminutivo Paco.
Os santos, ao serem citados pelos copistas, eram identificados por um feito significativo em suas vidas. Assim, o nome de São José aparecia seguido de "Jesus Christi Pater Putativus", ou seja, o pai putativo (suposto) de Jesus Cristo. Mais tarde os copistas passaram a adoptar a abreviatura "JHS PP" e depois "PP". A pronúncia dessas letras em sequência explica porque José em espanhol tem o diminutivo de Pepe.
Já para substituir a palavra latina “et” (e), os copistas criaram um símbolo que é o resultado do entrelaçamento dessas duas letras : &. Esse sinal é popularmente conhecido como "e comercial" e em inglês, tem o nome de “ampersand”, que vem do and (e em inglês) + per se (do latim por si) + and.
Com o mesmo recurso do entrelaçamento de suas letras, os copistas criaram o símbolo @ para substituir a preposição latina ad, que tinha, entre outros, o sentido de "casa de". Veio a imprensa, foram-se os copistas, mas os símbolos @ e & continuaram a ser usados nos livros de contabilidade. O @ aparecia entre o número de unidades da mercadoria e o preço - por exemplo: o registro contabilista "10@£3” significava "10 unidades ao preço de 3 libras cada uma". Já nessa época o símbolo @ ficou conhecido em inglês como at (a ou em).
No século XIX, nos portos da Catalunha, no Nordeste da Espanha, o comércio e a indústria procuravam imitar práticas comerciais e contabilistas dos ingleses. Como os espanhóis desconheciam o sentido que os ingleses atribuíam ao símbolo @ (a ou em), acharam que o símbolo seria uma unidade de peso. Para o entendimento contribuíram dois factos:
1 - A unidade de peso comum para os espanhóis era na época a arroba, cujo "a" inicial lembra a forma do símbolo;
2 - Os carregamentos desembarcados vinham frequentemente em fardos de uma arroba. Dessa forma, os espanhóis interpretavam aquele mesmo registo de "10@£3” assim: "dez arrobas custando 3 libras cada uma". Então o símbolo @ passou a ser usado pelos espanhóis para significar arroba.
3 - Arroba tem origem no árabe ar-ruba, que significa "a quarta parte": arroba (15 kg em números redondos) correspondia a ¼ de outra medida de origem árabe (quintar), o quintal (58,75 kg).
As máquinas de escrever, na sua forma definitiva, começaram a ser comercializadas em 1874, nos Estados Unidos (Mark Twain foi o primeiro autor a apresentar seus originais dactilografados). O teclado tinha o símbolo "@", que sobreviveu nos teclados dos computadores.
Em 1972, ao desenvolver o primeiro programa de correio electrónico (e-mail), Roy Tomlinson aproveitou o sentido "@" (at), disponível no teclado, e utilizou-o entre o nome do utilizador e o nome do provedor. Assim "Fulano@Provedor x" passou a significar "Fulano no provedor x".
Em diversos idiomas, o símbolo "@" ficou com o nome de alguma coisa parecida com sua forma, em italiano chiocciola (caracol), em sueco snabel (tromba de elefante), em holandês, apestaart (rabo de macaco); em outros idiomas, tem o nome de um doce em forma circular: shtrudel, em Israel; strudel, na Áustria; pretzel, em vários países europeus.
Texto elaborado com dados gentilmente cedidos pela minha amiga Cathy, do Bailar das Letras e referência à obra “Casa da Mãe Joana”, de Reinaldo Pimenta
Etiquetas: curiosidades
domingo, novembro 02, 2008
o caminho do tempo

marcha inexorável do tempo que passa
mas o ciclo não se quebra
Etiquetas: relógios, tempo que passa
em outubro de 2008 a oficina publicou:
Dia 1 – Em Setembro de 2008 a Oficina publicou [oficina]
Dia 2 – Machado de Assis inspirou a Oficina [oficina]
Dia 3 – Cavalos de Fão [lendas]
Dia 4 – Na senda do “Tempo de Pedra” 6 [relógios de sol]
Dia 5 – O Monte da Penha [cadernos de viagem]
Dia 6 – Há 63 meses nos Caminhos da Blogoesfera [oficina]
Dia 7 – Verso e Reverso [poesia]
Dia 8 – O Nobel Saramago [gente]
Dia 9 – Crise, ou crises [a nossa opinião]
Dia 10 – A magia da romã [tradição]
Dia 11 – Luzes da Maresia 1 [faróis e lanternas]
Dia 12 – Conchas do mar azul [grande areal]
Dia 13 – Madrugar [poesia]
Dia 14 – Mariscar conquilhas [contos da praia]
Dia 15 – Para Ti [poesia]
Dia 16 – Charneca de Caparica de parabéns [oficina]
Dia 17 – Memorial da Montanha da Penha [gente]
Dia 18 – O Barbosa e o Jamboree [gente]
Dia 19 – Marcha Lilás Feminino [eventos]
Dia 20 – Os batentes “mão de Fátima” [aldrabas e batentes]
Dia 21 – ...tem um aroma diferente [poesia]
Dia 22 – Novos indicadores de leitura [oficina]
Dia 23 – No Outono floriu uma rosa [poesia]
Dia 24 – Arrebiana de Vinhais [jogos tradicionais]
Dia 25 – Na senda do “Tempo de Pedra” 7 [relógios de sol]
Dia 26 – A invernia marca a hora [tempo que passa]
Dia 27 – Aqueduto de Pegões Altos [caminhando se faz caminho]
Dia 28 – Ocultas mensagens [tradição]
Dia 29 – Pão por Deus [tradição]
Dia 30 – Caminhar [poesia]
Dia 31 – Noite das Bruxas, Dia do Saci [tradição]
Imagens
Dia 1 – De verde
Dia 2 – Concertinando
Dia 3 – Beleza pura
Dia 4 – Guarda de honra
Dia 5 – Amor pelas imagens
Dia 6 – Requinte e bom gosto
Dia 7 – Batente em verde
Dia 8 – Figos “picantes”
Dia 9 – Barcos do rio Cávado
Dia 11 – Gaivotas na ponta da areia
Dia 12 – ...a paixão de uma mulher
Dia 13 – Medronheiro
Dia 14 – Lua de Outubro
Dia 15 – farol de Esposende
Dia 16 – Costa dos doces sonhos
Dia 17 – Milhões de anos
Dia 18 – Bagas vermelhas
Dia 19 – Flores de Outono
Dia 20 – De granito construída
Dia 21 – Papa-léguas
Dia 22 – Granitos da Penha
Dia 23 – Casas tradicionais
Dia 24 – Flor da paixão
Dia 25 – Um olhar de outros tempos
Dia 26 – No caminho do Inverno
Dia 27 – Novos países visitam a Oficina
Dia 28 – Doce paixão
Dia 29 – Cenografia
Dia 30 – Chaminé em azul e branco
Dia 31 – A romã coroada
Uma flor para...
Dia 10 – Um flor para... a Catarina
Etiquetas: oficina
sábado, novembro 01, 2008
encantamento floral

flor tão bela qual colar de princesa
paixão eterna
Etiquetas: flores de jardim
na senda do “tempo de pedra” 8
na Igreja de S. João Baptista - Tomar
A construção primitiva da Igreja de S. João Baptista, em Tomar, é da época em que o Infante Dom Henrique era governador de Ceuta e foi reconstruída no reinado de D. Manuel I (século XVI). A traça arquitectónica é do estilo manuelino e desenvolve-se num plano rectangular, dividido em três naves e possui uma única torre sineira de grandes dimensões edificada no lado esquerdo.



As Sombras do Tempo
Wikipédia
Observatório dos Relógios Históricos de Lisboa
Relógios de Sol, de Nuno Crato, Suzana Metello de Nápoles e Fernando Correia de Oliveira – edição CTTCorreios
“Tempo de Pedra” anteriores:
na Igreja de S. João Degolado, Terrugem, Sintra
na Igreja de S. João Baptista, S. João das Lampas, Sintra
na Capela de Santo António, Carvoeira, Mafra
na Ermida de Nª Sª do Ó, Carvoeira, Mafra
na Igreja de Santo Isidoro, Santo Isidoro, Mafra
na Casa de Sanzim, Sto. Amaro, Guimarães
no Posto de Turismo, Tomar
Etiquetas: relógio de sol