sexta-feira, novembro 30, 2007
sai um petisco...

cozinhada lentamente em caçoila de barro preto
no fogo de lenha de castanho
Degustado no restaurante Ti Lena, em Talasnal, Lousã - Portugal
Etiquetas: gastronomia, petiscos
serras e desertos que lhes cabiam
as serras e os desertos que lhes caibam.
Judite Jorge, em Afectos de Alma
Com tamanha sensação de leveza foi fácil atravessar vales e serras, montanhas de grande altitude expostas ao sol e aos ventos, mas também vales aconchegados entre duas encostas onde lá no fundo um fio de água cantarolava harmoniosas cantigas de bem querer.
Por mares sobrevoados seguiu, muitos deles autênticos desertos de água onde a vida já não existe por a temperatura das águas já ter ultrapassado o ponto crítico mas, de igual forma, o mar Atlântico prenhe de sentir, este nosso mar cúmplice de muitas andanças deste andarilho dos sonhos.
Consigo, em amplexo de afecto carregado, seguia seu ente querido, que a leveza valia para os dois e na noite que haviam transformado em dia foram-se aproximando do pôr-do-sol que nas lonjuras já pintava o firmamento de tons de azul, dourado e lilás.
Etiquetas: textos com mote
quinta-feira, novembro 29, 2007
mar e texturas

o dourado da areia
textura de sonho do nosso mar
Praia do Grande Areal, Praia do Sol, Almada - Portugal
Etiquetas: praias
sócrates, o pai natal de 2007?
No discorrer do seu pensamento, apresentado como é seu hábito com muita clareza, contrariamente ao que acontece com os membros do poder político actual, acabou por se centrar na atitude do primeiro-ministro José Sócrates que considerou “mestre na retórica da positividade”.
Com humor, conclui comparando o discurso do primeiro-ministro José Sócrates com o Pai Natal, pois tal como este, “parece dar sem nada pedir, promete sem nada exigir (que o amem através do voto), quebrando a lei da troca recíproca do laço social e político”.
Aqui na Oficina das Ideias encontramos mais uma semelhança entre Sócrates e o Pai Natal – tal como este se vendeu ao grande capital, transformado (transformista?) nas suas vestimentas pela Coca-Cola, também Sócrates se vendeu ao mais desenfreado sistema liberal de especulação financeira, aos “senhores do Mundo”, aos verdadeiros terroristas sociais.
Um dia destes com o Natal próximo vamos ver substituir os pais Natal que tradicionalmente sobem as chaminés por “bonecos” do primeiro-ministro transvestido de Pai Natal. As criancinhas que se cuidem pois em lugar da desejada prenda podem ficar sem as meias.
Etiquetas: a nossa opinião
quarta-feira, novembro 28, 2007
gato lampeiro

procurou o habitual sítio
de aquecer com réstea de sol
Gato numa montra da zona histórica da Cidade, Setúbal - Portugal
Etiquetas: gatos
in tempus, um blogue do coração

Transcrevemos a mais recente entrada no blogue “IN TEMPUS – na senda do tempo... nas rotas do lobo... na defesa da Terra”:
“A concepção de um espaço, onde músicos e amigos pudessem trocar experiências de vida, era para mim, um sonho a realizar...
Criar um ambiente onde a mística fluísse por si própria e onde o espaço e o tempo não constituíssem uma barreira, é o esforço de anos de dedicação...
Mas “No fundo do Tempo”, descobri um segredo...
“Quando a arte nasce cheia de sentimentos,
Quando os obstáculos são mais que os caminhos abertos,
Quando a luta não morre e continuamos despertos,
Cantaremos mais alto, espantaremos lamentos...
E enquanto sonharmos, voaremos alto...
Nunca cairemos no rio de asfalto
Então enterraremos os nossos tormentos...””
Na Internet In Tempus está em...
Official Website
No MySpace
No Palco Principal
Etiquetas: in tempus
terça-feira, novembro 27, 2007
argola

mantém a memória da tradição
do tempo dos recoveiros
Argola de prender burros e mulas, zona histórica da Cidade, Setúbal - Portugal
Etiquetas: argolas, imaterial, património
de muito amar e querer
Naquele final de dia, que não de vida
Quando o mar beija docemente a areia
Ele, gentil homem sua bela amada enleia
Angelical doçura, olhos de mel, querida
Quando o sol se põe é o futuro que começa
Merecida felicidade de muito amar e querer
No rumo do esplendor do humano ser
Caminhando caminho que a vida atravessa
Etiquetas: poesia
segunda-feira, novembro 26, 2007
castanhas assadas

o odor e o sabor das castanhas
o calor que passa através do papel de jornal que as envolve
"Quentes e boas" numa rua de Setúbal, Setúbal - Portugal
Etiquetas: cenas da rua
companheiro na alegria
_ Ó meu grande amigo! Seguiu-se um efusivo abraço, todo o prazer de um encontro.
Igrejas Caeiro, um dos pioneiros da Rádio em Portugal, era o orador convidado para a cerimónia inaugural da referida exposição e ali estava cumprindo o compromisso e o horário, senhor de 88 anos na sua perfeita e total lucidez.
Na apresentação do orador foi-me pedido que pronunciasse algumas palavras, Igrejas Caeiro “exigiu” mesmo que isso acontecesse. Sobrou-me recuar quase 50 anos na minha vida e nas minhas recordações, até aos anos 50 do século passado, para evocar a obra desse verdadeiro operário da Rádio, que durante anos percorreu todo o País, em época em que isso era difícil fazer, para levar ao Povo dos mais recônditos lugarejos o programa Rádio publicitário de maior êxito de sempre: Os Companheiros da Alegria.
Recordei, e como ainda se mantém vivo na minha memória, quando em 1952, com 8 anos de idade e às cavalitas de meu pai, assisti ao espectáculo de Os Companheiros da Alegria realizado no ringue de patinagem dos Recreios Desportivos da Amadora, o mesmo onde nasceu o hóquei em patins em Portugal. Ainda recordo a cara bonita da Bertine Branco uma das muitas descobertas de Igrejas Caeiro e que veio a casar com o novel cantor António Alvarinho e cujo casamento Igrejas Caeiro apadrinhou.
Recordei também o terrível despacho do ministro salazarista, Costa Leite Lumbralles proibindo Igrejas Caeiro de trabalhar e impedindo, não só os espectáculos, como toda a actividade que dependesse da Inspecção dos Espectáculos. Tudo isto por ter dito, numa entrevista concedida ao jornalista Rolo Duarte, para o jornal Norte Desportivo, em 11 de Fevereiro, que o pandita Nehru era o maior estadista da nossa geração, provocando revolta e profunda tristeza não apenas de todo o grupo como também, nos milhares de entusiastas dos programas e principalmente das centenas dos que se apresentavam no Trindade para os espectáculos para que haviam adquirido bilhetes.
Muitos recusavam o reembolso do que haviam despendido, em tocantes gestos de solidariedade perante esta prepotência e mesquinhez do regime autoritário e persecutório.
Finalizei solicitando que não batessem palmas à minha intervenção mas que as dedicassem integralmente à figura ímpar de homem bom e humanista de Igrejas Caeiro.
Um abraço forte, sentido e com lágrimas de amizade concluíram este inolvidável momento.
Etiquetas: tempos da rádio
domingo, novembro 25, 2007
encantamento

de um dia renovado
quando raiar a aurora
Pôr-do-Sol visto da margem-sul do rio Tejo
Etiquetas: por-do-sol
lenda do colibri
Um dia, sabe-se lá por que razão, enormes labaredas começaram a devastar o arvoredo, provocando muito fumo e calor, fazendo com que os animais, mesmo os de maiores dimensões, debandassem em fuga.
No meio de tamanha desgraça um pequeno pássaro de mil cores, um colibri, voava rápido desde um charco das redondezas até á zona onde o fogo destruía rapidamente as árvores e arbustos. Levava no longo bico uma gota de água que deixava cair sobre o fogo. E logo regressava ao charco para ir buscar uma outra gota.
Os outros animais olhavam-no com um sorriso irónico enquanto abanavam as cabeças.
_Colibri! Vem cá! O que estás a fazer? Não vês que com essa pequena gota que deitas no fogo nunca o apagarás?
_Eu, estou a fazer a minha parte..., respondeu o colibri.
Etiquetas: pequenas estórias
sábado, novembro 24, 2007
lua novembrina

raridade nesta época do ano
festejam os apaixonados
Lua Cheia (100%) às 14 horas e 30 minutos
Etiquetas: luar
encostei-me ao balcão
Mas o sol brilha ainda!!!
Entrei no bar
Portas de batente vai-e-vém
Encostei-me ao balcão
Pedi uma cerveja
Guiness como é costume
O Silva piscou o olho
Uma empada de galinha
P’ra fazer “papo” à bebida
Para lhe dar companhia
Duas palavras de amigo
Cumplicidade sem fim
Mais um rissol de camarão
Os sapatos “c’roa-ó-graxa”
Uma aventura vivida
Com javalis e com lobos
Nas terras serranas do norte
Conta o engraxa mil vezes
Sapatos com muito brilho
O estômago aconchegado
Para finalizar o repasto
Uma especial só com gelo
Até logo que se faz tarde
O relógio marca as horas
Mas caminha ao contrário
Ou é o Mundo que o faz?
A solução desta charada
No British Bar pode encontrar
Se muito bem procurar...
Etiquetas: poesia
sexta-feira, novembro 23, 2007
sai um petisco...

produtos produção da quinta
sabores e odores divinais
Degustado num almoço vínico na Quinta da Aveleda
Etiquetas: gastronomia, petiscos
a força da ternura
Pousou a sua na dele, cinco dedos longos
E magros aprisionados com a força da ternura
[Margarida Gonçalves Marques, em Um Dia depois do Outro]
Quando ele pousou as mãos sobre a mesa e desviou o olhar furtando-se à carícia que a doçura do olhar da sua amada lhe pretendia transmitir, ela sentiu quão necessário se tornava o contacto físico e pousou a sua mão na dele suavemente.
Dedos esguios, de pianista como soe dizer-se, que tantas vezes no enlevo duma carícia ela sentiu todo o magnetismo, a suavidade, a exigência de cada vez mais se entrelaçarem nos seus, de comunicarem mensagens que as palavras se negavam a formular.
Agora sentiu-os frios, carentes, e quando os aprisionou com a força da ternura ele ouviu perfeitamente as suas “palavras” – amo-te!
Etiquetas: textos com mote
quinta-feira, novembro 22, 2007
brincos de princesa

na magia dos tons de lilás
na fragância das flores de jacarandá
"Brincos de Princesa" dos jardins de Valle do Rosal, Charneca de Caparica, Almada - Portugal
Etiquetas: flores de jardim
no natal adopte um lobo
quarta-feira, novembro 21, 2007
lago romântico

nas suas margens não foram trocadas
na cumplicidade das cores e das sombras
Lago Romântico da Quinta da Aveleda, Quinta da Aveleda - Portugal
Etiquetas: quinta da aveleda
colmeias da charneca
Do “Boletim de Fontes Documentais” editado anualmente pela Câmara Municipal de Almada retirei uma “Postura da Camara da villa de Almada”, datada de 1750, e que tem o número de referência 115, mantendo a grafia original:
“Postura que nenhuma pessoa não arranque, nem corte matto nem cepa, nem esteva dois tiros de besta ao redor das cilhas em que estiverem colmeyas.
Acordarão os ditos officiais e homens bons e puzeram por postura que por verem o grande dano que se fazem nas colmeyas por cauza de ao redor das cilhas aonde ellas estão se arrancar cepa de esteva, e cortar matto pella qual razão vão as ditas colmeyas em muita diminuição e ha muitas menos das que antigamente havia na Charneca do termo desta villa o que he em grande prejuizo dos moradores, e muito grande dano que se recebe nas ditas colmeyas querendo a isso prover mandarão que daqui em diante nenhuma pessoa corte matto, nem arranque cepa, nem esteva dois tiros e besta, ao redor donde estiverem cilhas que tenhão colmeyas que passe de oito cortiços povoados sob penna do que o contrario fizer e se lhe provar ou for achado cortando, ou arrancando cepa, esteva, ou matto por cada ves mil reis e da cadeya, a metade para o concelho e a outra para quem o accuzar”.
A Charneca, mais tarde Charneca de Caparica, situava-se no termo geográfico da Vila de Almada e o seu nome tem origem, sem dúvida, no facto de ser um ermo exposto ao sol forte de Verão, onde se situavam dispersas algumas quintas e um ou outro casal.
Do texto também se induz a existência de algumas explorações apícolas na região que era importante preservar e de que ainda existem vestígios, mais de 300 anos passados, especialmente na zona do Cabo da Malha, em plena Mata dos Medos, onde é produzido mel de um paladar esquisito.
A referência às cepas indica, igualmente, a existência de uma produção tradicional na região, de que ainda existiam vestígios há cerca de 20 anos. Trata-se da produção vinícola, a partir de uvas de vinhas locais, que pela sua qualidade e grau alcoólico era muito apreciado em Almada, onde uma taberna de estilo anunciava todos os anos: “Vinho Novo da Charneca”. E esgotava em pouco tempo.
Uma última referência, esta generalizada a todo o Portugal de então, o elevado hábito delator da população por mor do qual obteria alguns rendimentos suplementares.
Etiquetas: minha terra, usos e costumes
terça-feira, novembro 20, 2007
cabeça de sereia

bela sereia do tejo
que reflecte o azul celeste
Sereia na entrada principal do Almada Fórum, Almada - Portugal
Etiquetas: almada, estatuária
o segredo de gaudí
Não ousamos dissertar neste espaço sobre a sua obra, primeiro porque não temos saber para tal e, em segundo lugar, porque seria tarefa desadequada ao objectivo deste espaço em que versamos assuntos diversos ao correr do que a inspiração nos permite.
Numa prateleira da estante da Oficina alinham-se diversos livros, alguns de aspecto “monumental”, que versam a obra de Gaudí, profusamente ilustrados como faz sentido num caso destes e vamos coligindo os textos que vamos encontrando sobre este grande mestre das ideias feitas monumentos.
Mas também ousamos deixar desenhar no nosso corpo uma tatuagem que reproduz o “Sol de Gaudí”, como designamos uma imagem recolhida de um azulejo da autoria de Gaudí e que se encontra num edifício de sua traça que hoje acolhe uma entidade bancária de Barcelona.
A mais recente aquisição da Oficina das Ideias relacionada com Antoni Gaudí é uma tradução vertida em português a partir do original em castelhano do romance “A Chave de Gaudí” da autoria de Esteban Martín e Andreu Carranza, editado pela “Saída de Emergência”.
Da contracapa do referido livro transcrevemos:
“Barcelona, 1926
A cidade cresce e a corrente modernista exerce uma irresistível influência sobre os amantes do obscuro. Lojas e sociedades secretas convertem Barcelona na capital do esotérico e o arquitecto Antoni Gaudí na peça chave de uma profecia milenar.
No meio desta confusão social e sabendo os perigos que corre a sua própria vida, Gaudí, um homem humilde e modesto, esconde uma relíquia no coração da sua obra. Uma relíquia desenhada à imagem e semelhança do grande projecto divino: a Natureza.”
“Barcelona, Actualidade
O aprendiz de Gaudí que era uma criança, tem hoje quase noventa anos e passa os dias lutando para que a doença não o faça perder a pouca memória que lhe resta. Maria, a sua única descendente, deve cumprir com os desígnios da profecia. Mas o tempo corre contra ela. Todas as respostas estão no simbolismo mágico do arquitecto e da sua obra, e a grande questão oculta-se nas constelações celestiais.”
A Chave de Gaudí, de Esteban Martín e Andreu Carranza, Editorial Saída de Emergência, 336pp., 1ª Edição Outubro de 2007
segunda-feira, novembro 19, 2007
mar da tranquilidade

com terra à vista
tempo de calmaria
Barco de pesca do Grande Areal, Praia da Fonte da Telha, Almada - Portugal
Etiquetas: barcos, grande areal
chamamento do mar agreste
Vencida a falésia, arriba fossilizada de milhões de anos, encontramos o mar cinzento que em ondas agrestes e vivas se transformava no caminho do areal numa sinfonia de prata. Argêntea brancura pois a gandaia há muito fora deixada cá bem acima, aquando da preia-mar.
Rebentação forte, ruidosa, que o mar é macho no dizer dos pescadores das artes que nestes tempos invernosos, no Outono vividos, não se podem fazer à faina na procura do sustento diário. É tempo de recuarem às hortas, pescadores feitos agricultores, que a filharada tem que se alimentar.
Levantando o olhar para o topo da arriba, onde o pinhal vem beijar a beira da falésia, somos surpreendidos por uma verdadeira dança nupcial executada de forma espantosa pelos corvídeos do pinhal em época de acasalamento. Várias dezenas de corvos executam o seu acasalamento em pleno voo, emitindo os seus vocálicos até à exaustão.
Entre os corvos acontece uma relação triangular, pois quando se verifica a carência de macho, as fêmeas ritualizam entre si o acto do amor, cortejando-se e seduzindo-se mutuamente até que uma das fêmeas passa a exercer o papel masculino. Fruto desse amor a outra fêmea choca os ovos, que por serem estéreis não resultam.
Mas o romance não termina aí. Quando surge o macho, mesmo que atrasado, e começa a namorar uma das fêmeas já em estado de acasalamento “homossexual”, não conseguirá desligar as duas amadas. Terá que compor com elas um “menage à trois”, tendo que cuidar de duas ninhadas dessa relação resultantes.
É irresistível o chamamento do mar agreste na invernia da Praia do Sol.
Etiquetas: contos da praia
domingo, novembro 18, 2007
chaminés do grande lago

dá vida aos vermelhos telhados
da imensa planura alentejana
Chaminés do lugar de Juromenha, nas margens do Grande Lago (Alqueva), Alandroal - Portugal
Etiquetas: chaminés
bulhão pato, poeta do monte
No conjunto da sua obra é notória a influência do local em que viveu, então designado Monte de Caparica, especialmente da sua profunda vivência histórica e monográfica do sítio. No seu “Livro do Monte” escreveu Bulhão Pato em 1883 sobre as mulheres da praia:
Com a sardinha, empilhada,
Inda saltando vivaz
Vem de cestinha avergada;
E lá em baixo, da praia,
E sobe a pino o almaraz;
Mas nem por sombra cansada
Faz vista de nova a saia,
Corada ao Sol e puxada!
Descalça o pé regular
E branido pela areia
D’essas arribas do mar.
Não se pode chamar feia.
Descaída e longa a trança;
Afrontada de calor,
E os beiços com tanta cor
Como a d’um cravo encarnado
A mocidade é uma flor!
...............
Era um afamado caçador e amante das artes culinárias, donde a receita célebre de “Amêijoas à Bulhão Pato” que tem conhecido imensas versões. Apresentamos uma das mais simples...
Ingredientes
2 Kg de Amêijoas
2 dl de azeite
4 dentes de alho
1 molho de coentros
1 limão grande
Sal e pimenta q.b.
Confecção
Deixe as amêijoas de molho em água com sal durante duas ou três horas.
Escorra-as e passe-as por várias águas para lavar, antes de as cozinhar.
Corte os alhos às rodelas e pique os coentros.
Ponha um tacho ao lume com o azeite e os alhos e quando estiver quente junte os coentros até estalarem.
Junte então as amêijoas e tape.
Tenha o cuidado de ir virando as amêijoas para que todas passem por baixo.
Quando estiverem todas abertas retire-as do lume e tempere com pimenta e sumo de limão a gosto.
Etiquetas: gastronomia, gente
sábado, novembro 17, 2007
telhados

quando sitiados observavam
o movimento das tropas invasoras
Telhados vistos duama vigia do Castelo de Alandroal, Alandroal - Portugal
Etiquetas: castelos
lengalenga
Angústia
Esquecimento,
Ausência
Solidão
Muito sofrer,
Olhar profundo
Sorriso
Bem-querer,
Amor eterno
Alegria
Sentimento.
Regresso
Presença
Abraço apertado,
Ilusão
Alegria de viver
Amor,
Cruel verdade
Sofrimento
Dor,
Um beijo
Ternura
Caminho desejado.
Realidade
Tristeza
Desengano
Uma lágrima
Um adeus
Infinito.
Etiquetas: poesia
sexta-feira, novembro 16, 2007
sai um petisco...

com um pouco de manteiga, limão e coentros
degustar pura maresia
a não perder no Café MODESTO, em Sesimbra; Sant'Ana sugere que seja acompanhado com João Pires JMF branco, gelado
Etiquetas: gastronomia, petiscos
outono de aves
E de vozes caladas e de folhas
Molhadas de temor e surdo pranto
[Gastão Cruz, Poemas Reunidos]
Agora são as folhas castanho amarelo avermelhado que formam o tapete fofo e húmido piso do caminhar ao som do cantar das cotovias que em breve demandarão lugares mais amenos e luminosos. Ficam o melros com seus piares que são ora lamento ora alertas que a invernia não tarda em chegar.
Engole um soluço que é choro envergonhado é nó que aperta a garganta que dificulta o respirar cansaço de passada estugada caminhar só para o destino que não está determinado caminhar somente para não recuar que o caminho passado não é por isso mais conhecido do que o que virá a seguir.
Outono, outono dos tempos, outono da vida... vida vivida!
Etiquetas: textos com mote
quinta-feira, novembro 15, 2007
tranquilo recanto

num recanto maravilhoso
da costa portuguesa
Praia de São Lourenço, Ericeira - Portugal
Etiquetas: praia s. lourenço, praias
areias
Um dia, já lá vão muitos anos [que nestas coisas do tempo que passa um ano pode parecer uma chispa, como um segundo uma eternidade] numa das muitas conversas que sempre tenho com o “nosso” mar falei-lhe numa Ninfa do Tejo que amava guardar areias de todas as praias, de todos os rios e ribeiros.
O “nosso” mar apaixonou-se pela tal Ninfa que tanto amava as areias, as mesmas que o mar acariciava desde tempos imemoriais, no seu continuado e doce espraiar, desígnio marcado para todo o sempre, ao sabor da influência da força das marés e dos ciclos lunares que acompanham a vida e as vivências, o sentir e os sentimentos.
O “nosso” mar sabia, contudo, que ali por cerca da Trafaria, perto de Alma(da) ou de A(l)mada, existia uma barreira natural intransponível, pelo Povo chamada “quebra do mar”, “onde o Tejo beija o Mar”... e os namorados procuram imitar quando a Primavera dá os seus primeiros sinais.
Então, segredou-me o “nosso” mar: “Pede à Ninfa do Tejo que guarde sempre junto das areias que tanto me confortam ao ritmo das marés, algumas palavras, mesmo sentires que eu um dia possa conhecer no Grande Areal da Caparica”.
Muitas vezes, no passar dos tempos, escritos de amor foram vistos gravados nos amplos areais e que somente o espraiar das ondas em espuma prateada tinha capacidade de apagar.
Lá no alto da arriba, no limite dos jardins do Convento dos Capuchos, sobranceiros ao mar azul, os “Olhares” do poeta Neruda acompanham com compreensão este diálogo que é paixão, como o poeta tão bem entendia lá pelas lonjuras do Pacífico.
Etiquetas: contos da praia
quarta-feira, novembro 14, 2007
surfar um tubo

o surf transformou a praia num atrativo internacional
a autarquia homenageou
Elegia ao Surf numa rotunda de Ribeira d'Ilhas, Ericeira - Portugal
Etiquetas: ericeira, ribeira d'ilhas, surf
do leão a sua origem
São conhecidas por Leónidas, por a sua origem aparente se situar na constelação de Leão, embora esta chuva de meteoros resulte na realidade da intercepção do planeta Terra com o rasto do cometa Temple-Tuttle que consiste em pequenas partículas sólidas.
As Leónidas são famosas devido à espectaculosidade do fenómeno. A sua recorrência tende a ser de 33 em 33 anos, associada à órbita de 33 anos do Tempel-Tuttle à volta do Sol, tendo sido o mais recente ano do ciclo o ano de 1999, pelo que visíveis no ano em curso ganharão muito mais intensidade no ano de 2032.
Ainda me recordo nos meus tempos de meninice o medo que existia perante tal fenómeno pois mais parecia que o céu iria cair nas nossas cabeças. As referidas partículas de dimensões muito reduzidas pulverizam-se ao entrar na atmosfera terrestre com a emissão fugaz de forte intensidade luminosa resultante do atrito provocado na massa atmosférica onde as partículas entram a velocidades da ordem dos 200 mil quilómetros por hora.
Por vezes, alguns blocos de maiores dimensões ultrapassam a massa gasosa chocando com a superfície terrestre, são os meteoritos, alguns dos quais têm deixado marcas assinaláveis na crosta terrestre.
Durante muito tempo as "estrelas cadentes" foram interpretadas como corpos atmosféricos misteriosos e atribuía-se-lhes o prenúncio de eventos maléficos. Os gregos sabiam já que este fenómeno não correspondia à mudança ou queda de estrelas reais, pois estas eram fixas e distantes, mas não encontraram uma explicação para os rastos luminosos do firmamento.
Sabe-se hoje que o conhecido fenómeno das "estrelas cadentes" ou meteoros, como correctamente deve ser designado, é produzido por pequenos corpos, não maiores que uma ervilha, que, gravitando em torno do Sol, ao atingirem em grande velocidade a atmosfera terrestre, tornam-se incandescentes pelo choque com as moléculas de ar, reduzindo-se na maioria a pó antes de alcançarem o solo.
As "chuvas de estrelas" ou enxames de meteoros são geralmente designadas pelo nome da constelação na qual se situa a sua radiante, ou também pelo nome da estrela brilhante próxima da radiante. Mais raramente emprega-se o nome do cometa com o qual o enxame está relacionado. A "chuva de meteoros" só ocorre quando a órbita do enxame intersecta, ou passa próximo da órbita da Terra e, além disso, o enxame e a Terra chegam ao mesmo tempo à intersecção. A posição deste ponto na órbita da Terra determina a data da "chuva de meteoros".
Etiquetas: astronomia, fenómenos
terça-feira, novembro 13, 2007
boas ondas...

atraentes para a prática do surf
em todo o mundo conhecidas
Praia de Ribeira d'Ilhas, Ericeira - Portugal
Etiquetas: ericeira, praias, ribeira d'ilhas
eles estão aí de novo
Sempre se atrasou ligeiramente. Tal facto já faz parte da sua história de relógio. Um relógio, em tudo semelhante a este, encontrava-se no pulso de Neil Amstrong, quando às 19 horas 56 minutos e 31 segundos, do dia 29 de Julho de 1969, ele foi o primeiro homem a pisar solo lunar.
Recordo-me de estar a ver esse momento único da civilização humana em directo pela televisão e quando Neil comentou: _O que é isto? Estou a ver... a emissão ter sido abruptamente interrompida.
Este insólito facto e situação nunca foram claramente explicados pela NASA, entidade responsável pelo programa espacial dos Estados Unidos e que, igualmente, garantia a transmissão em directo deste histórico momento.
Nunca mais houve transmissões destes acontecimentos em directo e os Estados Unidos criaram e mantém em funcionamento uma área secreta de investigações espaciais, designada “Zone 51” e situada nos vastos desertos do Nevada. Zona de acesso extremamente restrito e que tem dado origem a muitas especulações no campo do fenómeno OVNI.
Estas recordações, agora avivadas por factos recentes e igualmente pelo “chamamento” do meu relógio relíquia, talvez objecto fetish, levaram-me a meditar sobre acontecimentos e datas.
1967 – a minha relação sexual cósmica na povoação do Penedo, Serra de Sintra
1980 – avistamento e registo de um fenómeno estranho na zona da Fonte da Telha
1996 – fenómeno luminoso avistado na Caparica sem explicação plausível
2004 – visita de extraterrestres a Portugal que a comunidade científica tende a aceitar
As diferenças de anos a partir de 1967 foram de 13, 29 e 37. Sempre números primos.
O número primo que se segue a 37 é o número 41. Se a 1967 somarmos 41, concluímos que será no ano de 2008 (resultante da soma efectuada) que uma nova vaga de contactos com seres extraterrestres se poderá a vir a realizar. A presença de seres tem sido muitas vezes atribuída à necessidade de uma intervenção para evitar cataclismos que provoquem o desequilíbrio cósmico.
O tempo de escrita deste texto resultou num atraso de cerca de 2 segundos no meu Omega Speedmaster Professional, “colheita” de 1968.
Etiquetas: mistério e fantasia
segunda-feira, novembro 12, 2007
via láctea

vias lácteas de prateada espuma
caminhos sensuais e de prazer
Prática de surf em Ribeira d'Ilhas, Ericeira - Portugal
a lenda das vieiras do mar
Não muito longe, no alto da arriba, está marcada a passagem de um caminho da rota de Santiago. Que relação terá a existência dessas conchas na praia com o simbolismo que as mesmas têm nos Caminhos de Santiago?
Conta uma lenda da Galiza:
Quando o barco com os restos mortais do apóstolo Tiago chegou à Galiza vindo da Palestina, o mar tempestuoso ameaçava esmagá-lo contra os agrestes rochedos da costa. Um passante que cavalgava junto ao mar ao ver tamanha tragédia avançou com o seu cavalo tentando salvar os navegantes.
Derrubado pelo mar forte que se levantava com muita violência, viu-se perdido tendo evocado os céus para sua salvação. Baixou, então, a calmaria sobre o mar da Galiza, tendo a embarcação e o cavalo sendo empurrados pelo mar para a praia, salvando-se.
Puderam na altura verificar que o cavalo vinha coberto de um tipo de conchas conhecidas por “vieiras”. Quando se começaram a desenvolver as caminhadas das peregrinações a Santiago de Compostela, foi recuperado como símbolo a vieira que a lenda evoca.
Entre as muitas designações que têm sido dadas aos peregrinos, uma muito curiosa relaciona-os com as conchas de vieiras. Os peregrinos que percorriam o Caminho de Santiago designado por “ruta jacobea” eram chamados “Concheros” ou “concheiros” aludindo a um dos principais símbolos da Peregrinação a Santiago de Compostela, a concha da vieira.
No início a concha da vieira era apanhada nas costas galegas pelos peregrinos e levada no regresso às suas terras de origem como prova da concretização da peregrinação e recordação da mesma. Com o tempo e o oportunismo dos comerciantes este símbolo passou a poder ser adquirido logo no início da caminhada, colocando-as os peregrinos durante a caminhada em lugares bem visíveis, como sejam as capas, os chapéus, as mochilas e os bordões.
E aqui estou eu, com uma maravilhosa concha de vieira recolhida nas magníficas águas da Praia do Sol, a centenas de quilómetros da Galiza e de Santiago de Compostela.

Etiquetas: tradição
domingo, novembro 11, 2007
fagulhas douradas

estalam no ar, lançam fagulhas
magia e encantamento
Assar castanhas na Aldeia Lar, Sobreda, Almada - Portugal
em louvor a são martinho
Celebrou-se a alegria, o prazer e a festa, como noutros tempos se saudava a chegada do vinho novo e a vizinhança se juntava em festança noite dentro. A fogueira ardia forte e o crepitar das castanhas a serem assadas na bela tradição transmontana iluminava o imaginária da criançada com mil fagulhas no ar.
Depois juntou-se a acção com palavras, palavras simples e com graça num vocabulário reduzido e rústico, em quadras de sabor campestre e telúrico como é próprio do sentir do Povo:
“Quem quiser que eu cante bem
Dê-me uma pinga de vinho
Que o vinho é boa coisa
Faz o cantar delgadinho.” [Paredes, Porto]
“Meu amor, vinho, vinho
Eu água não sei beber
A água tem sanguessugas
Tenho medo de morrer.” [Moncorvo]
“Ó meu rico vinho tinto
Criado nas verdes latas
Teu cautelinha comigo
Não m’faças andar de gatas.” [Salsas, Bragança]
E assim a noite foi passando, sem que do tempo déssemos conta, pois quando estamos com amigos as horas são segundos, na magia do tempo que passa.
No falar e no sentir do nosso Povo é neste dia, 11 de Novembro de cada ano, que as famílias se juntam para saudar a chegada do tempo frio, da invernia, da época de recolhimento. As vindimas já lá vão e o vinho mais temporão já poderá ser provado, são muitas as adegas que esperam este dia para fazerem a “abertura do vinho novo”. Contudo, muito caminho deverá ainda ser percorrido para que o maravilhoso néctar das uvas pisadas possa ser degustado na sua total plenitude.
A plenitude dos sentires, da confraternização e amizade transformaram tempos de Outono em Primavera chegada...
Castanhas
Nozes
Figos
Avelãs
Magusto como manda a tradição
Vinho tinto
Provado na adega
Bebido com fartura em comunhão
E vai mais um copo...
Bota abaixo!!!!
Coscorões
Filhós
Erva-doce
Uma romã
Cheiros e sabores muita afeição
Água-pé
Toucinho assado
Cantigas ao desafio, inspiração
E vai mais um copo...
Bota abaixo!!!!
Castanhada
Assadas
Cozidas
Quentes
E boas
Vamos à adega com devoção
Bebe um copo
E mais um
São Martinho grogue e fanfarrão.
Etiquetas: cultura popular, tradição
sábado, novembro 10, 2007
florzinha tão só

ilumina e dá cor, muita cor
beleza pura da natureza
Florzinha da Mata dos Medos, Almada - Portugal
Etiquetas: flores da mata
de ma de ti de se
Senti neste conhecimento que existia uma aberta e declarada confrontação entre as imagens e as palavras que parecia digladiar-se a cada momento. Então qual a razão do fluir destes foto-poemas ou destes poemas com imagens uma sensação de harmonia?
Havia que percorrer longo caminho para esclarecer, melhor para clarificar o desassossego que a audácia da Ivone em mim provocava.
Depois, conheci as suas palavras, em prosas feitas poemas, com que a Ivone ia exteriorizando os seus mais profundos sentimentos. Mas igualmente sonhos, ou seriam mesmo fantasmas (fantasias)?
Os conceitos de vida, de amores e de desamores, de quedas e de alevantamentos, que regista nos seus textos, diário sem dia nem ano, antes repertórios de memórias, são sublimes. Utiliza uma sequência de traços de sublinhar para unir (ou afastar?) pequenos pedaços de palavras. Utiliza o ponto final para dar continuidade ao discurso.
A linguagem é escorreita, simples, os conceitos emaranhados num novelo que quando se desembaraçam logo voltam a ficar presos numa teia que insiste em permanecer. Também na escrita tal como nas imagens poetadas sempre termina num vazio, comparado ao degustar de um vinho de excelência onde falta um “final de boca”.
Este vazio que sabia não poder existir, sentia-o, contudo, sem encontrar explicação para tal. O tempo que passa é um grande mestre. Continuei a ler os escritos que a Ivone decidia partilhar com os seus leitores. Continuei a maravilhar-me com os poemas “imaginados”.
A quatro dias da realização do evento que hoje aqui nos reúne a Ivone publicou um bonito texto onde se pode ler “...há um sentido subjacente em tudo o que escrevo. aquele que não é escrito. que se não lê. que fica sempre comigo porque fica por dizer...”.
Mas como só é verdadeiramente nosso aquilo que damos aos outros...
A Ivone brindou-nos com o “final de boca”...
Dos seus excelentes trabalhos em tons de cinza... com uma explosão de cor!
Dos seus textos belos e intimistas... com palavras simples que intitulam os quadros!
A Ivone escreveu também: “...quando termino de me desenlaçar dou por mim com outro fio preso na alma...”
Da mesma forma, quando julguei ter encontrado a explicação para as minhas interrogações, concluí que a cronologia que segui no conhecimento da Ivone como pessoa e como artista, das palavras e das imagens, não coincidia com a realidade e agora tenho que refazer este texto que convosco partilho para vos ler numa próxima oportunidade em que a Ivone nos volte a surpreender.
Etiquetas: eventos
sexta-feira, novembro 09, 2007
embriaguez

de sabor "esquisito", mediterrânico
embriaga o passante
Medronheiro da Mata dos Medos, Almada - Portugal
Etiquetas: mata dos medos, medronheiro
foi pelo outono
Nas tardes do teu corpo
[João Rui de Sousa, Obra Poética]
Mas pouco depois, sob o manto espesso da folhanga um fogo lento mas persistente despertou em mim sentimentos nunca antes navegantes do meu íntimo que anunciavam mudanças profundas próprias dos tempos de renascer.
Pouco a pouco o fogo foi ganhando ânimo e aflorou à superfície do manto de folhas caídas num crepitar intenso quão intensa é a vibração do teu corpo nos fins-de-tarde à beira-mar do nosso poema.
As tardes do teu corpo são sublimes no caminhar as pequenas elevações de terreno suave e doirado, nos profundos vales onde corre um cristalino riacho de prazer, na frondosa mata onde as abelhas colhem o néctar vital pata a felicidade.
O fogo do meu ser é prenhe do fertilizante de um recomeçar do eterno ciclo dos tempos e da vida ao compasso do esvoaçar de uma andorinha nas suas longas migrações sem origem e sem fim.
Etiquetas: textos com mote
quinta-feira, novembro 08, 2007
de verde vestido

purifica o ar que urge preservar
mata de reis e do Povo
Vegetação da Mata dos Medos, Almada - Portugal
Etiquetas: mata dos medos
hoje degustei um...
Caffe di Roma
Café
Aguardente Amareto
Natas
Bella du Sud
Café
Licor de Maçã
Natas
Cafe de Paris
Café
Cointreau
Natas
Etiquetas: bares e bebidas
quarta-feira, novembro 07, 2007
frutos da mata

na renovação cíclica da mata
são sementes, são alimento, são perenidade
Vegetação da Mata dos Medos, Almada - Portugal
Etiquetas: botânica, mata dos medos
novos indicadores de leitura
1 – Pela qualidade extraordinária que encontramos em determinado blogue, de acordo com a nossa avaliação pessoal;
2 – Como reconhecimento aos comentários que são deixados nos posts da Oficina das Ideias;
3 – Em resultado da permuta de indicadores de leitura.
Esta permuta desinteressada de indicadores de leitura é uma das características mais positivas da blogoesfera e de quem a utiliza com espírito construtivo e solidário que coloca acima dos seus pessoais interesses a satisfação dos leitores.
Damos conta, de seguida, de alguns dos mais recentes, solicitando a todos os companheiros da blogoesfera que estando abrangidos pelos critérios referidos não tenham o respectivo indicador de leitura na Oficina das Ideias que nos façam chegar essa informação.
Zorba o Buda, de Zorba – “Uma nova visão da Humanidade...”
Am’Art, de Sant’Ana – “Escrever é poder amar-te”
A Seiva, de Miguel Barroso – “Choques com tinta”
Árvore da Palavra, de Gasolina – “...Uma flor que se transformou em árvore”
Mar Arável, de Eufrázio Filipe – “Este blog pretende colocar pauzinhos nas engrenagens e respirar por guelras”
Etiquetas: oficina
terça-feira, novembro 06, 2007
vigilante

onde impera a tranquilidade
gaivotas junto à suavidade do mar
Praia do Espadarte, Sesimbra - Portugal
eu sou saloio!
“_És um saloio!” – és um palerma, que te deixas enganar facilmente, pacóvio....
O Saloio tem origem numa etnia arábica vinda de Saleh, na fronteira do Egipto, nos finais do século VIII, para o ocidente da Europa, com muita incidência para um território que faz hoje parte de Portugal.
Estes povos imigrantes miscigenaram-se aos cristãos, à época submetidos ao jugo dos árabes ocupantes, pelo que em breve eles próprios se tornaram moçárabes. Por serem considerados inferiores pelos árabes foram remetidos ao desprezo e relegados para as faixas mais humildes que se dedicavam ao cultivo dos campos dos arredores das grandes urbes estremenhas, particularmente de Lisboa.
É assim que ao natural de Saleh, imigrado nos arredores de Lisboa, chamam “homem do campo”, o Saloio.
A cultura saloia expande-se por toda a Estremadura Portuguesa, mormente, nas regiões de Sintra, Mafra e Cascais, indo até Torres Vedras e mesmo até Óbidos. Para sul abrange a zona sadina de Setúbal, Arrábida, Sesimbra e Cabo Espichel.
segunda-feira, novembro 05, 2007
uma flor para... a lígia

com o mar que serve para nos unir
desejo-te no dia de hoje, mil felicidades
Rosa dos jardins do Pinheirinho, Charneca de Caparica, Almada - Portugal
52 meses na blogoesfera
Continuamos a fazer questão em cumprir o estatuto editorial da primeira hora “textos e imagens próprios e originais, a temática da cultura de um Povo e da defesa da região da Praia do Sol e desenvolvimento dos afectos e do muito querer”.
No último mês, o número de comentários foi de 63, a partir de 19 comentadores, valores continuam a dar-nos bastante satisfação. É de grande importância para o enriquecimento da Oficina das Ideias esta contribuição dos dedicados e amigos leitores.
Quanto a visitas atingimos a cifra de 251.936, a uma média de 384/dia, com origem em 143 países diferentes, valores facultados pelo SiteMeter e pelo NeoWORX. Do Brasil 151.400 visitas, de Portugal 134.845 e de Espanha 7.842 encontram-se no topo dos visitantes.
Total de postagens – 3.211, onde cerca de metade são fotografias da autoria do nosso amigo Olho de Lince.
Um agradecimento especial a Blogger.com e a Blogspot.com onde editamos e alojamos a Oficina das Ideias desde a primeira hora.
Quadro de Honra
Alguém de Lisboa (Portugal)
Gwendolyn, do A Cantora (Brasil)
Ivone, do Um Silêncio de Paixão (Portugal)
Paula M (Portugal)
Zorba, de Zorba o Buda (Portugal) [*]
Maçã, do Maçã de Junho (Portugal)
Gonçalo Marques, do GomaNociva (Portugal)
Lualil, do Traduzir-se... (Brasil)
Lila (Portugal)
Lígia (Brasil)
Sandra Santos, do A Gata por um Fio (Brasil)
Victor Nunes, do Des-Encantos (Portugal)
Sant’Ana, do Am’Art (Portugal) [*]
James Stuart, do Szerinting (Hungria)
Luísa Margarida, do Cantábile (Brasil)
Miguel Barroso, do A Seiva (Portugal) [*]
Gasolina, do Árvore da Palavra (Portugal) [*]
Repórter, do Pó de Ser (Portugal)
Claudia P, do Cor de Dentro (Brasil)
A TODOS o nosso MUITO OBRIGADO!
[*] muito em breve nos nossos indicadores de leitura
Etiquetas: oficina
domingo, novembro 04, 2007
misterioso promontório

mar perigoso para quem o afronta
esconde segredos seculares
Cabo Espichel, Sesimbra - Portugal
Etiquetas: cabo espichel
meu olhar
Entre os milhares de estrelas tão brilhantes
Vislumbrei teu lindo rosto e só então sorri
Com a felicidade que só sentem os amantes
Etiquetas: quadras soltas
sábado, novembro 03, 2007
solitud...

olha o mar até ao horizonte
espera o marinheiro tão idoso como ela
Pinheiro Bravo na Mata dos Medos, Almada - Portugal
Etiquetas: mata dos medos
mar cúmplice do meu sentir
Quem alguma vez consegue resistir ao apelo do mar, ao melodioso cantarolar das sereias, feitas Tágides com o rio ali tão perto? A própria temperatura da água parecia contribuir para essa tentação, pois permitia uma entrada sem recuos para equilíbrio térmico. Logo depois, o mergulho...
Passados os primeiros prazeres do contacto de ondas de sal na água diluído, o relaxamento natural, a contemplação de um imenso plano de água, levemente ondulado, que se prolonga até á linha do horizonte sem mácula no espelhado azul que somente altera ligeiramente a tonalidade ao convergir com a mesma cor da abóbada celeste.
Será este mar o mesmo que há dez, vinte, trinta, quarenta, cinquenta anos aqui foi cumprindo este encontro de afectos, quanta inspiração e conselhos, quanta ajuda nos momentos mais difíceis da vida? Com certeza que foi acompanhando o evoluir dos tempos e dos sentires das pessoas que sempre o procuraram, mas é o mesmo com a sabedoria do tempo que passa.
Estranha, por certo, que os meninos e as meninas não construam mais castelos de sonho, efémeros quanto a duração de uma maré a encher, mas tão belos fruto de imaginação e de querer dos mais pequenitos, que tanta dificuldade tinham em talhar na areia as ameias dos castelos. Mas que sempre acabavam por conseguir.
Poucos meninos, hoje em dia, dão valor aquelas peças de plástico fabricadas que fez o encantamento de tantas gerações, baldes, pás, ancinhos. Brinquedos fundamentais para a construção de sonhos plantados à beira do mar, num desafio permanente à imaginação e à criatividade.
Regressados aos afazeres escolares passado que fora o tempo de veraneio, essas mesmas construções na areia serviam de tema aos desenhos que relembravam tempos vividos sem o risco da maré os levar docemente. Para o ano seguinte ficara, desde logo, aprazado novo encontro com esse mar que tranquilamente aguardava o regressos dos meninos a que sempre encantava.
Anos mais tarde voltariam para com ele desabafar as suas dores de amores nascentes, uma ou outra desilusão da vida. Um pedido de conselho uma lágrima que ajudava a que se mantivesse salgado e acolhedor a quem nele deseje mergulhar.
Agora, tantos anos passados sobre o nosso primeiro encontro, o mar azul e tão belo, mais do que confidente é cúmplice dos meus sentires de tal forma que logo à minha aproximação reconhece, de imediato, o que a ele me leva.
Hoje sinto-me tranquilo com o seu amplexo amigo.
Etiquetas: mar
sexta-feira, novembro 02, 2007
ameias

resistente ao ataque dos sitiantes
em tempos de lutas castelejas
Ameias do Castelo, Alandroal - Portugal
Etiquetas: alandroal, castelos
nuvens rendilhadas
Dos seus olhos que ferem como espadas
Eu domaria o mar que se enfurece
E escalaria as nuvens rendilhadas"
[Cesário Verde, Poesia Completa]
Não conhecem a dimensão do seu coração aqueles que afirmam que os seus olhos mais parecem lâminas de espada. A doçura que emana do seu olhar faz que o mar se agite e procure urgente lançar uma vaga prateada sobre a orla da areia seca por forma a lhe beijar os pés. Homenagem.
Mas não o faz de forma encapelada, antes com suavidade espraia sua espuma como um “mar de damas” como lhe chamam os pescadores endurecidos pela faina das artes e de tez crestada pelo sol e pelo sal dos tempos a fio passados a navegar.
O rendilhado das nuvens é como o prateado da rebentação das ondas que num instante se transformam em pequenas gotícolas que o Sol intenso logo evapora. São assim os amores à beira praia, sobra o sonho que continua a fazer avançar os sentires como avança com o mundo rumo à esperança.
Etiquetas: pequenos textos
quinta-feira, novembro 01, 2007
alandroal

para defesa da linha do guadiana
pérola das planuras sem fim
Castelo e Igreja de Nª Sª da Conceição, Alandroal - Portugal
Etiquetas: alandroal, castelos
em outubro de 2007 a oficina das ideias publicou:
Dia 1 – Em Setembro a Oficina das Ideias publicou
Dia 2 – Concertinas em Barrenta [tradição e cultura popular]
Dia 3 – Inspiração de Fotógrafo
Dia 4 – Chuvas e Inundações [a minha opinião]
Dia 5 – Narciso da Praia
Dia 6 – 51 Meses na Blogoesfera [oficina]
Dia 7 – A Garrafa trazida pelo Mar [sentires da praia do sol]
Dia 8 – O Triângulo [espaço de poetar]
Dia 9 – Viva Che!
Dia 10 – Mares da Comunicação
Dia 11 – Tal como em 2003...
Dia 12 – O Vinho que honra a Natureza
Dia 13 – Bernardes-Silva Poeta
Dia 14 – De Muito Amar e Querer [espaço de poetar]
Dia 15 – O Outono
Dia 16 – Na dúvida... Sai mais um!
Dia 17 – Jantar no Apotek [o meu caderno de viagens]
Dia 18 – A CB inimiga dos Furacões [cb em acção]
Dia 19 – Museu da Escrita do Sudoeste
Dia 20 – Rota das Capelas
Dia 21 – Só é Meu o que dou a Outrem
Dia 22 – Outubro
Dia 23 – A Ponte da Solidariedade
Dia 24 – O Panteão Nacional [nos caminhos do património]
Dia 25 – O Meu Relógio
Dia 26 – Entrelinhas
Dia 27 – Três Castelos [nos caminhos do património]
Dia 28 – A Revolta dos Contadores de Tempo
Dia 29 – Castelo do Alandroal [videoclip]
Dia 30 – Rota dos Sabores [sentados à mesa... gostámos]
Imagens
Dia 1 – Barcos da Tradição
Dia 2 – Chaminé de Fumeiro
Dia 3 – Concertina em Miniatura
Dia 4 – Janela com Âncoras
Dia 5 – Descanso do Guerreiro
Dia 6 – Aldeia Serrana
Dia 7 – Janelas de Azul
Dia 8 – Voltados para o Céu
Dia 9 – Desgarrada
Dia 10 – Sorriso de Flor
Dia 11 – Mar tão Nosso
Dia 12 – Luz e Formas
Dia 13 – Espera...
Dia 14 – Barco a Arribar
Dia 16 – Bandeirolas
Dia 17 – Agitação...
Dia 18 – Ao Desafio...
Dia 19 – Altaneiro e Agreste
Dia 20 – Ilha do Amor
Dia 21 – Concertinas
Dia 22 – Batentes Gémeos
Dia 23 – Por uma Nesga
Dia 24 – Geometria
Dia 25 – Luz e Sombras
Dia 26 – Lua de Outubro
Dia 27 – Sonho Sonhado
Dia 28 – Chaminé de Chupão
Dia 29 – Perfeição
Dia 30 – Chaminé da Tradição
Dia 31 - Simplicidade
Uma Flor para...
Dia 15 - ...a Filipa
Etiquetas: oficina
oficina das ideias, 250 mil visitantes
O nosso amigo Repórter, do Pó de Ser, deu-nos a honra de assinar a visita 250 mil. Para ele, uma presença habitual na Oficina das Ideias, os nosso Muito Obrigado!
Etiquetas: oficina